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Abel elogia Luís Castro e John Textor e critica mentalidade do futebol brasileiro: "Não vai mudar tão cedo"

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

14/05/2023 13h00

Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira já declarou recentemente que o Botafogo joga o melhor futebol do Brasil. Dessa vez, na entrevista coletiva concedida no último sábado (13), após o empate entre Verdão e RB Bragantino por 1 a 1, o português voltou a falar sobre o clube carioca ? agora, com um discurso focado no treinador Luís Castro.

Na semana passada, o conterrâneo de Abel relembrou críticas feitas ao seu rendimento após destacar o momento positivo vivido pela Estrela Solitária e pediu mais paciência ao futebol brasileiro, enaltecendo a colheita de frutos que o tempo prolongado de trabalho permite a um clube.

"Mandei uma mensagem particular para ele, mas agora mando uma pública. Parabéns pelas declarações dele. É uma pessoa que, quando era treinador do Penafiel, eu ainda era gandula. Fiquei muito contente pelo o que falou, da forma que falou. Se eu tivesse estudado para fazer um discurso daqueles, não iria conseguir. Espero que alguns de vocês entendam a profundidade das palavras dele", disse o treinador do Alviverde.

Abel, então, parabenizou o dono da SAF do Botafogo, John Textor, por manter a fé no projeto comandado por Castro.

"Os trabalhos longevos têm a ver com quem manda. Dei os parabéns a ele, mas temos que parabenizar o presidente dele, que sabe do treinador que tem. Já disse aqui várias vezes o que penso sobre isso. Mesmo que todos os treinadores fiquem 10 anos nos mesmos clubes, só um vai ganhar. É isso que as pessoas aqui não entendem", declarou.

Sobre a última frase, o português do Palmeiras voltou a criticar a mentalidade resultadista e imediatista do futebol brasileiro ? e destacou que qualquer tipo de mudança não deve acontecer em breve.

"3 anos, 10 anos (de trabalho), só um vai ganhar. Não sei se é possível mudar essas mentalidades em um espaço tão curto de tempo. Tudo que é cultural, mudança de mentalidade... isso demora décadas. Cada país tem uma história. É preciso décadas para se mudar comportamentos e mentalidades. Não acredito que esse tipo de mentalidade, aqui, vai mudar tão cedo", completou Abel.