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Após mudanças de Diniz, Santos leva apenas dois gols e nenhum no jogo aéreo

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

22/06/2021 06h00

No dia 31 de maio, o técnico Fernando Diniz definiu duas mudanças surpreendentes no time titular do Santos: saíram João Paulo e Kaiky para as entradas de John e Luiz Felipe.

João e Kaiky não comprometiam individualmente, mas o treinador optou por mexer na defesa por dois motivos principais: o jogo aéreo e a saída de bola.

Torcida e imprensa questionaram, porém, os números mostram que Diniz estava certo. O time da Vila sofreu dois gols em seis partidas desde então. Nas três anteriores às mudanças, o time levou oito.

Os dois gols, inclusive, tiveram origem em erros individuais: pênalti com toque no braço de Alison contra o Ceará e "assistência" de Felipe Jonatan para Nenê diante do Fluminense.

Antes um problema recorrente, a deficiência pelo alto diminuiu e nenhum gol foi sofrido dessa forma no período com John e Luiz. Essas mexidas do treinador, aliadas com a evolução nos treinamentos e o auxílio do ataque, fazem o time ter menos problemas atrás.

"Ele é até um pouco injustiçado. É um grande treinador. Sempre comenta que o principal não é a saída de bola, a posse de bola, mas sim a parte defensiva, de todos protegerem o goleiro e reposição muito rápida. Podemos errar atrás, mas não recompor mal e deixar de defender o goleiro. É o ponto chave, a primeira coisa. Estamos nos doando muito na marcação. Não é à toa que estamos sofrendo poucos gols. Nós tomávamos muito, mesmo no ano passado comigo e Veríssimo, agora estamos melhorando e com todo mundo marcando", disse o zagueiro Luan Peres, ao Bandsports.

"A metodologia nunca muda. Ele tem um pensamento e leva até o fim. Ele mesmo diz que quer implementar muita coisa e em um mês não dá para assimilar tudo. Nós vamos errar, é normal, mas ele fala muito com a gente e tirou de lição é que o jogador toma a última decisão. Se perceber que, independentemente do estilo, não está confortável é só dar o chutão para frente. Ele nos deixa bem livres. Ele quer que a gente jogue com muitos ao redor, sempre sobra jogador e alguém livre. Isso facilita para não dar o bicão. E se perdermos nessa zona povoada, dificilmente adversário vai fazer gol contra cinco ou seis. Temos que saber onde tocar a bola. No segundo gol contra o São Paulo, Liziero errou numa zona perigosa, isso aconteceu comigo também. Serve de lição para ele, para mim e para o Diniz. Não podemos correr risco ali, mas no lado de campo sim, por exemplo", completou.

O Santos venceu o Cianorte (duas vezes), o São Paulo e o Ceará, empatou com o Juventude e perdeu para o Fluminense nos últimos seis jogos. E o próximo compromisso será mais um teste de fogo para a defesa: o Grêmio, quinta-feira, em Porto Alegre, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

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