Estádios brasileiros têm bons acordos? PVC, Alicia Klein e Mattos debatem

No quadro Finanças do Esporte, PVC, Alicia Klein e Rodrigo Mattos debateram no De Primeira sobre estádios brasileiros. Os colunistas analisaram Allianz Parque, Neo Química Arena, MorumBIS e Beira-Rio e citaram os pontos positivos e negativos de cada um.

Allianz Parque
Allianz Parque Imagem: Reprodução

"É muito alavancada a receita do Palmeiras em dias de jogos. É um estádio mais moderno, mas há problemas na relação. Tem o problema do gramado agora e tem o problema de não poder jogar em casa jogos importantes, o que não aconteceu com outros estádios." - Rodrigo Mattos

Neo Química Arena

Custo: R$ 1,9 bilhão (R$ 1,1 bilhão)
Inauguração: Maio/2014
Capacidade: 46.500
Gasto do clube: Pagamento total com subsídios de governo
Receita de dias de jogos 2022: R$ 129 milhões
Pendências: Clube deve R$ 700 milhões à Caixa por financiamento e tenta um novo acordo para pagar. Dívida com Oderbrecht foi extinta

"O Corinthians tem autonomia para gerir seu estádio, tem receita em dias de jogo próxima do Palmeiras, mas ele tem um peso financeiro grande. Se tiver que pagar essa dívida, tirar do caixa, é um peso grande para o clube" - Rodrigo Mattos

MorumBIS
MorumBIS Imagem: Reprodução

"O São Paulo tem uma receita bem mais baixa em dia de jogos porque o estádio é bem mais velho, ainda que tenha um estádio maior. Ele precisa de modernização" - Rodrigo Mattos

Beira-Rio
Beira-Rio Imagem: Reprodução
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"O modelo do acordo é parecido com o Palmeiras. A Brio foi quem bancou a reforma do estádio, mas não tem autonomia de ficar marcando evento em dia do jogo do time". - Rodrigo Mattos

Qual estádio tem o melhor modelo de negócio?

"Os estádios no Brasil melhoraram muito, apesar de não serem estádios perfeitos porque são geridos por pessoas e por contratos que não são os melhores. Acho que do ponto de vista do negócio, o Palmeiras mostra que é porque nos últimos 10 anos o estádio mudou a história do Palmeiras. Acho o modelo do Inter é ótimo, mas ele não conseguiu se transformar como clube. Ele não ganha título nenhum desde 2016. É meio que um desempate que estou fazendo." Paulo Vinicius Coelho

"Muitas pessoas falam de Era Crefisa, mas o que mudou o Palmeiras de patamar foi a Era Allianz Parque. Ele tem um case incrível de naming rights. Foi feita uma votação de manter o Parque dentro do nome e foi um nome que pegou. Em relação ao negócio, o Inter tem a grande vantagem de ter autonomia. O Palmeiras fica refém desse contrato com a WTorre de que precisa, em uma reta final de campeonato, jogar em Barueri, ou jogar em sua casa tendo recebido o estádio horas antes com miçangas da Taylor Swift no gramado. Tem um pouco dessa falta de autonomia que atrapalha um pouco, mas o saldo é positivo para o Palmeiras." Alicia Klein

"O melhor acordo é o do Inter justamente porque ele tem autonomia e pode priorizar o futebol. Pode ter uma grama natural boa, por exemplo, mas não vamos entrar nessa discussão de gramado. Acho que o fato dele ter menos receita que o Palmeiras, quase metade, acho que tem muito a ver com tamanho da torcida e de onde os dois está. Inter teve gestões que foram mal, teve erros esportivos, que levaram o time ao rebaixamento, mas isso não tem a ver com o estádio." Rodrigo Mattos

Assista ao De Primeira na íntegra

Errata:

o conteúdo foi alterado

  • Diferentemente do informado em versão anterior do texto, a Neo Química Arena foi inaugurada em maio de 2014. O erro foi corrigido.

Opinião

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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