Convidado especial do Fim de Papo, o atacante Rony, ídolo do Palmeiras, elogiou o colunista Walter Casagrande e disse que já assistiu aos vídeos de Casão para saber como ele jogava.
Casão, vou te falar, não te vi jogar, mas eu te assisti no Youtube. Você tem história para contar, meu amigo, tudo que é coisa boa a gente vê. Eu, particularmente, vi os vídeos, sim, é sensacional. Sou suspeito de falar aqui, porque já assisti aos seus vídeos.
Rony contou como Abel Ferreira o transformou em "falso 9" e que estudou vídeos de Luis Suárez para aprender a jogar de centroavante. Na entrevista, ele ainda relembrou como começou a dar cambalhotas — marca registrada de seus gols.
A gente olha vídeos de outros jogadores para melhorar, foi uma coisa que me ajudou muito, foi olhar vídeos, porque eu nunca tinha feito uma posição como centroavante e uma das coisas foi olhar vídeos de jogadores que faziam essa função. Eu vi vídeos do Luis Suárez, que fazia uma função que aparentemente é o que eu ia fazer, me ajudou muito mesmo. Quando é coisa boa, a gente assiste mesmo, não é só jogar, não, tem que parar para estudar.
O Abel tem um papel fundamental na minha carreira, que foi descobrir uma nova função que nunca imaginei fazer. Ele me fez ver que o futebol muitas vezes você tem que ajudar a sua equipe da melhor maneira possível, independe de posição, a gente está ali para dar o melhor para a equipe. O que me chamou atenção foi que, na época, não tinha centroavante, ele olhou para mim e perguntou: 'você já jogou de centroavante?'. Eu disse: 'professor, olha o meu porte, os zagueiros vão me jantar, mas se for para ajudar a equipe, eu faço, se o senhor quiser, eu faço, posso ajudar como achar melhor'. E ele me botou pra jogar, eu fui super bem num jogo na Libertadores, fui muito bem e daí eu continuei jogando de 9. Se hoje me perguntar, eu quero jogar de 9, mas não como 9 fixo, você se movimenta muito, dá bote no zagueiro, dá facão, não fica só aquele 9 de centroavante, você movimenta muito ali na frente, então isso aprendi muito com o Abel. Rony
Confiras outros trechos da entrevista com Rony, atacante do Palmeiras
'Hoje prefiro jogar como falso 9'
"Sou muito grato a ele por todos os pensamentos, ele fala que a gente se torna um atleta de verdade quando se dispõe a ajudar a equipe, isso que torna um grande atleta e você vê por que nossa equipe se torna vitoriosa, é um ajudando o outro. Até eu fiquei surpreso, porque não imaginei que poderia jogar de centroavante, joguei assim no Japão e detestei. No Athletico-PR, joguei só pelos lados, eu fazia os dois lados perfeitamente, mas hoje eu gosto mais de jogar como centroavante, como um falso 9. A gente se movimenta muito ali na frente, faz muito facão e quando tem que segurar a bola na frente, a gente segura, mas raramente a gente faz isso."
Quando começou a dar cambalhotas?
"Sobre o mortal, faço isso desde criança, desde quando eu jogava no terrão do interior. Era nossa brincadeira quando era criança, foi uma das brincadeiras que eu descobri, nunca fiz capoeira, era mais uma brincadeira de interior e até hoje eu faço, isso vem no decorrer da minha carreira toda."
Convocação para a seleção
"Na seleção, o professor Ramon me perguntou se eu fazia lado. Eu disse: 'professor, na seleção brasileira o que o senhor quiser eu faço, pode me botar de goleiro que vou jogar'. O mais legal foi poder ajudar a equipe."
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