TJ decreta prisão de argentina por injúria racial: 'Pedaço de macaca'

O Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decretou, na madrugada de hoje (22), a prisão preventiva da torcedora argentina Maria Belen Mautecci, acusada de injúria racial no Maracanã, durante a partida entre Brasil e Argentina, válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

O que aconteceu

A denúncia foi feita por uma vendedora ambulante brasileira que trabalhava pela empresa que presta serviços de alimentação e bebidas no estádio.

Segundo a vendedora, a torcedora argentina teria proferido o seguinte ato racista: "Escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez!".

O Ministério Público do Rio de Janeiro fez um requerimento solicitando que fosse feita uma conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, algo que foi deferido pelo Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos.

Para a magistrada ficou demonstrada a prática de injúria racial, uma vez que houve ofensa a dignidade e o decoro, em razão da cor, raça e/ou etnia:

"Trata-se de crime grave e recorrentemente praticado a despeito da profunda indignação por parte da sociedade e dos vários alertas emitidos por este Juizado através do sistema audiovisual deste estádio, inclusive em diversos idiomas. Indefiro o pedido de liberdade provisória, convertendo a prisão em flagrante em preventiva".

Além de Maria Belen, outros 17 torcedores foram encaminhados ao posto do Juizado do Torcedor e Grandes Evento por provocarem tumulto, desacato, resistência, furto, entre outros crimes.

As punições impostas aos infratores foram transações penais e, no caso de Roberto Jefferson Gomes Peixoto, medida cautelar de afastamento dos estádios e comparecimento ao juízo.

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