Topo

Santos

Turra cobra 'muito mais' reforços no Santos e não vê polêmica em pênalti

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/07/2023 14h43

O Santos saiu de um jejum de 56 dias sem vencer ao bater o Goiás em jogo com pênalti polêmica e portões fechados na Vila Belmiro. Foi a primeira vitória de Paulo Turra no comando do Peixe. Após a partida, o treinador exaltou o grupo, garantiu que pediu reforços e não teve dúvidas em relação ao pênalti marcado. Confira a entrevista coletiva:

Primeira vitória e primeiro cartão vermelho: "Eu não comemorei no campo, mas comemoramos muito no vestiário. E é realmente uma resiliência. Todo esse processo do Santos, que não vem de ontem, é um processo que quem está aqui tem que ser muito resiliente. E hoje demos o primeiro passo. Estou há 14 dias e quando chegamos, não tivemos que nos preocupar única e exclusivamente com o dentro das quatro linhas, isso é só um reflexo de tudo. Por isso o processo que temos que nos preocupar com o contexto todo. Assim, quando for jogar, vamos dar o caminho com a bola e o sem a bola para os atletas, mas tem o contexto ao redor que interfere. Estar bem fisicamente, psicologicamente, taticamente. Não é uma situação que vai mudar num estalar de dedos, é sim muita convicção no trabalho e nós temos isso".

Segundo tempo abaixo do Santos: "A mudança de comportamento, se você perceber, não é fácil para uma equipe como a nossa, do jeito que iniciou o primeiro tempo, aguentar a pressão, a intensidade que a gente imprimiu com e sem a bola no primeiro tempo. É normal, ainda ganhando o jogo, que você baixe um pouco o ritmo. Essa semana treinamos até em dois turnos, por isso estamos concentrando dois dias antes, para que os jogadores possam se recuperar, porque estamos levantando o sarrafo. E eles mostraram no primeiro tempo isso, no segundo já baixaram um pouco. Mesmo com o adversário com mais posse de bola, ficamos bem postados".

Vitória no finzinho: "Eu só tenho que enaltecer esse grupo, porque a resiliência deles foi muito alta. Uma equipe que está há 12 jogos sem vencer, que está perto de uma zona que não é a do Santos, num jogo que abre vantagem, adversário diminui, faz mais um, e o adversário vai lá e empata. Nós conseguimos ter resiliência e força mental para ir buscar a vitória, por isso enaltecemos a equipe. Mas, como falo pra eles, não está bom ainda, temos que elevar muito o sarrafo".

Jogar sem torcida: "Se eu achar que tudo acontece só dentro das quatro linhas, estou errado. Tem uma série de coisas que interferem muito para tudo dar certo. E nós temos que ter nosso torcedor do nosso lado, imagina o torcedor aqui hoje, colocando pressão no adversário, ajudando nossa equipe. Eu quero jogar com torcedor, de preferência aqui na nossa casa".

Vão vir reforços? "Entreguei uma relação de reforços, todo mundo sabe que o Santos precisa de reforço. E não é um, dois, três, é muito mais. É um comprometimento em todos os aspectos, eu como treinador estou pedindo. E eu acredito que a direção possa dar esse retorno, não pra mim, mas pro Santos Futebol Clube. Temos 24 jogos pela frente, é muito campeonato".

Pênalti polêmico e reclamação do Goiás: "A questão do Goiás, vídeo pra lá, vídeo pra cá, não tenho que falar nada. Eles têm que se preocupar, eu tenho é que ressaltar nosso trabalho, fizemos um jogo consistente, acabamos com uma das maiores séries negativas do clube. No lance ele deslocou, nosso jogador estava na bola, encontrou uma parede na frente, a parede não estava parada, ela vai ao encontro dele. É nítido, mas paciência".

Mudança de postura do time: "Em todos os gols que a gente fez, com exceção da jogada do pênalti, foram jogadas trabalhadas, com a bola em movimento. Dentro daquilo que eu encontrei, tenho que ressaltar muito a questão dos jogadores, o que eu falei do direcionamento, de dar o caminho com e sem a bola. E a questão do segundo tempo vai muito do sarrafo. Uma equipe que vinha bem abaixo, eu não consigo em 14 dias virar a chave completamente, é um processo que eu tenho que me preocupar, mas que hoje, com o desempenho para vencer, eu tenho que elogiar".

Características da equipe: "Eu tenho que trabalhar com o que eu tenho. O terceiro gol foi numa transição que o Mendoza fez, é nossa característica. É um discernimento que eu tenho que ter. Eu tenho uma equipe para ter posse? Meus jogadores têm característica para ser vertical? Por isso temos que acrescentar qualidade para o Santos ter momentos de verticalidade, e ter momentos de posse de bola quando preciso. Para eu ter essas duas situações, eu tenho que ter métricas físicas, buscando lá em cima, como as equipes de ponta de hoje têm e quem não se adequar, não vai ser útil".

Possibilidade de Dodô reforçar o Santos: "Sobre o Dodô, não fui comunicado sobre nada. Mas, é um grande jogador, uma grande pessoa, tem uma história bonita aqui no Santos, tem experiência, é um jogador vencedor. Se se concretizar, será muito bem vindo".

Até onde pode levar o Santos: "Minha preocupação hoje é sair dessa zona que o Santos está. O que podemos fazer além disso depende de outros fatores. Nesse momento, o único foco é sair desse lugar e vamos sair".

Expulsão por se exaltar no banco de reservas: "A questão da arbitragem, no início do Brasileiro, um profissional da comissão fez uma palestra para as comissões técnicas, dizendo que os árbitros seriam mais rígidos em relação às reclamações à beira do campo. São as duas partes que têm que ter equilíbrio. A gente é muito sanguíneo, não vou falar que alguma parte está errada. Temos que ter mais controle, de ambos os lados".

Santos