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Lateral da seleção quase foi trabalhar em obra e se inspira em Ronaldinho

Vanderson, lateral-direito da seleção - Reprodução/CBF
Vanderson, lateral-direito da seleção Imagem: Reprodução/CBF

Thiago Arantes

Do UOL, em Barcelona (ESP)

12/06/2023 15h11

A realidade atual do lateral-direito Vanderson, de 21 anos, é estar entre os convocados para a seleção brasileira que fará amistosos contra Guiné e Senegal. Mas o jogador quase desistiu do sonho, em um momento de incerteza. A perspectiva no momento era trabalhar na construção civil. Mas a guinada aconteceu.

"Meu pai trabalhava na área da construção e eu vim do Mato Grosso. O futebol lá não era falado nacionalmente, não era o espelho, né? Hoje, temos um time na Série A, mas na época não tinha muito no cenário. Era difícil, chegava certa idade, meu tempo de escolinha ficando para trás. Quando foi para passar da escolinha para a base, só tinha um time na minha cidade. Fui dispensado na avaliação e pensei em desistir. Uma pessoa chegou e me ajudou, o João Batista, a ir para o Rio Branco de Americana. Dei alavancada há quatro anos e chego à seleção após muito trabalho e sofrimento", explicou Vanderson, na coletiva no primeiro dia de treinos em Barcelona, na Espanha.

A conclusão da base e inspiração. "Comecei no Grêmio, no fim de 2019. Fiz o ano de 2021 e fui vendido ao Monaco. Tenho características ofensivas e tenho melhorado o defensivo desde que cheguei na França, sendo um jogador mais constante. Sobre inspiração, sou apaixonado desde criança pelo Ronaldinho, via vídeos dele mesmo não sendo da minha posição. Da minha posição, o Maicon é grande inspiração".

Anúncio da convocação perdeu para Fórmula 1. "Estava em casa, vendo a Fórmula 1 em Mônaco. Foi curioso. O telefone tocou e logo percebi que meu nome estava na lista e fiquei muito feliz, liguei para os meus pais que sempre me apoiaram. Foi uma emoção tremenda, a ficha é difícil cair, um sonho de criança realizado. Estou muito honrado e feliz".

Brasil vai usar preto como forma de protesto antirracista. "Lindíssima essa ação. E não dá mais para aceitar essas coisas. Estamos em pleno 2023 e não dá mais para ser aceito. É importante e bastante legal essa ação, que não venha a ocorrer, com paz no futebol e sem racismo".

A seleção brasileira enfrenta Guiné no próximo sábado (17), às 16h30 (de Brasília), no Estádio Cornellà-El Prat, do Espanyol, em Barcelona. Depois, no dia 20, o jogo é contra Senegal, em Lisboa.