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Ex de Daniel Alves, Joana diz crer na inocência dele: 'Não é má pessoa'

Joana Sanz é casada com Daniel Alves desde 2017 - Reprodução/Instagram
Joana Sanz é casada com Daniel Alves desde 2017 Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

06/06/2023 09h05

Joana Sanz, mulher de Daniel Alves, diz acreditar na inocência do jogador, que foi acusado de estupro em janeiro deste ano.

O que aconteceu

"Sim, claro que acho Dani inocente. Tanto quanto eu sei, ainda não houve um julgamento. Não podemos condená-lo antes que isso aconteça", disse em entrevista para a revista espanhola Vanitatis. Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro, acusado de ter estuprado uma mulher de 23 anos em uma boate em Barcelona no final do ano passado.

"No início, eu não acreditei em nada. Fiquei em choque. Tudo me parecia gravíssimo. Ele entrou na prisão sem haver provas. Não nos esqueçamos de que ele foi prestar depoimento voluntariamente. Não houve nenhuma notificação para ir fazer isso, ninguém pediu. E dali diretamente levaram [Daniel Alves] para a prisão", completou Joana.

Sanz também mencionou que vê o lateral por uma barreira de vidro e que eles conversam por telefone. Ela já visitou Daniel Alves na penitenciária Brians 2, na Espanha, quatro vezes.

"Espero não estar equivocada. Conhecendo ele, posso dizer que Dani não é má pessoa. Que ele botou o nosso matrimônio a perder, até o fundo, sim. Mas creio que ele nunca teria feito isso sendo consciente de que poderia perder tudo. É muito grave", destacou.

Sobre Daniel ter mudado sua versão várias vezes, Joana acredita que tenha sido por sua causa. "Acho que ele fez isso por mim. Quando ele foi para a prisão, minha mãe tinha morrido há uma semana e acho que ele não queria mais me fazer sofrer. Acho que não quis contar para não me causar mais dor no pior momento da minha vida. Mas o mais terrível não é isso, é o que vejo e ouço constantemente na mídia. É insuportável".

Divórcio

"Estou considerando o divórcio porque descobri que ele me foi infiel, mas, apesar de tudo o que foi dito, ainda não iniciamos os procedimentos. Ainda somos casados. No momento, são apenas palavras. Dani e eu temos uma conversa pendente porque ele quebrou alguns valores que considero ser os que mantêm um casamento: respeito e confiança. Mas, apesar de tudo isso, continuarei presente porque o Dani é minha família." Joana Sanz, à revista Vanitatis

"Vou vê-lo independente do nosso relacionamento. Eu vou vê-lo porque ele esteve lá sempre que eu precisei. É verdade que, quando eu mais precisei dele, ele fez isso comigo, mas antes também compartilhamos nossa vida, e ele também esteve ao meu lado em outros momentos muito difíceis. Ele veio ao funeral da minha mãe. Ele pegou um vôo do México no mesmo dia em que morreu e pousou em Tenerife. Ele estava comigo, então agora como posso não estar com ele, como posso não ir vê-lo."

"Não [há chance de reconciliação]. E meu coração dói porque eu o amo e sempre amarei. Foi uma etapa muito importante na minha vida e por isso vou continuar lá, por respeito, mas não como casal."

O que mais Joana Sanz disse

Na época em que os eventos aconteceram, como era o relacionamento de vocês como casal?

A gente estava muito bem, nunca brigava. Nunca tivemos problema com nada. Sou uma pessoa muito fácil e não discuto. O que mais me dói em tudo isso que está acontecendo é que o amor está intacto.

E se vocês se amavam tanto, por que você acha que aconteceu naquela noite?

Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O Dani cometeu um erro e perdeu tudo o que tínhamos por causa disso.

Como está seu relacionamento agora?

Vou vê-lo na prisão. Não existe jogada ruim. Estamos juntos há oito anos e não estou sozinho com isso, que acabou com nosso relacionamento de casal. Levo também muitas outras coisas boas que vivemos e compartilhamos juntos. Não desejo mal a ninguém, muito menos a ele. Sempre me dei muito bem com meus ex-companheiros, então como não me dar bem com o homem com quem compartilhei oito anos da minha vida.

Como são as visitas na prisão?

É muito complicado. Eu o vejo através de um vidro e conversamos por um telefone. Não estamos sozinhos. São cabines transparentes nas quais, nas laterais, você tem mais pessoas que, se você falar um pouco alto, vão te ouvir. É por isso que acho tão violento e é por isso que ainda não conseguimos falar sobre as coisas graves que nos afetam. Ainda nem consegui xingá-lo [risos].

Ele também te liga da prisão, certo?

Sim. Falo com ele todos os dias ao telefone, porque é a única maneira que tenho de saber que ele está vivo. Não consigo ligar ou enviar uma mensagem. E eu preciso saber como ele está. Se comeu, se dormiu, se se exercitou. Preciso saber que ele está mentalmente bem, para que eu possa ficar tranquila. Estou preocupada que ele esteja em um lugar onde algo possa acontecer com ele. Não posso deixar de me preocupar com ele, mas isso não significa que não esteja magoada com o que ele fez comigo.

Como está Dani? Como é estar na prisão?

Bem, imagine. No primeiro mês que ele esteve lá, ele só chorou. Ele não tem com quem conversar. Ele está sozinho com seus pensamentos. Agora, com o passar do tempo, ele está se fortalecendo, se exercitando como pode e lendo muito para manter a cabeça ocupada.

E você, como esta?

Mau, muito triste e assustada. Vou ao psicólogo para ter ajuda, porque se não, o cérebro diz 'ciao' [tchau]. Tudo o que aconteceu é tremendo. E está espirrando em mim sem eu ter feito nada. Pelo contrário, também sou uma vítima.

E como você está a nível profissional?

A verdade é que estou muito grata e feliz. No começo tive muito medo, porque sou filha única e quando minha mãe adoeceu tive que deixar tudo por três meses para ir com ela para Tenerife. E, depois que ele faleceu e com o que aconteceu com o Dani, pensei que não teria forças para voltar a trabalhar. Foi nesse momento que pedi ajuda financeira ao Dani para sair da Espanha, porque eu não sabia como lidar com a pressão da mídia. Eu queria ir para Paris, mas, pelo preço dos apartamentos lá, não teria como pagar. Eu não sabia o que fazer, precisava sair de qualquer maneira. E só por saúde mental pedi-lhe ajuda para poder sair da Espanha. Mas Dani me disse que não.

Por que você acha que Dani não quis ajudá-la?

Tenho duas versões. Primeiro a que ele me contou, que é que, no momento, ele não conseguia ajudar financeiramente. E a outra, que ele não queria que eu saísse de casa. Ele não queria que eu me afastasse para não perder aquele contato comigo. Obviamente eu levei para o lado negativo, porque nunca pedi nada a ele na minha vida, sempre administrei tudo sozinha e, no entanto, vi como ele ajudou seus amigos e pessoas que tinha acabado de conhecer. Na época precisei, vi a necessidade de sair do país devido à situação midiática em que me encontrava. A partir daí não quis mais falar com ele sobre dinheiro, me doía bastante pedir algo para ele me negar.