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Operação Penalidade Máxima tem 53 jogadores citados nominalmente em provas

Do UOL, em Rio e São Paulo

10/05/2023 17h07Atualizada em 10/05/2023 19h24

Os documentos das duas fases da operação Penalidade Máxima, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), mostram que 53 jogadores brasileiros estão citados de alguma forma até o momento na investigação que apura manipulação de partidas no futebol.

Esse número atingido por ora envolve jogadores denunciados, que fizeram acordo e viraram testemunhas ou foram citados durante conversas entre os investigados no caso. No material ao qual o UOL teve acesso, há prints de WhatsApp, áudios e planilhas. As interceptações das conversas tiveram aval da Justiça.

O placar

São 15 jogadores denunciados e que já viraram réus na Justiça de Goiás.

Quatro jogadores fizeram acordo com o Ministério Público e se tornaram testemunhas no caso.

Outros 34 jogadores aparecem nominalmente em conversas entre os envolvidos no esquema, como os apostadores e intermediários. No processo não há confirmação da participação desses jogadores no esquema, por isso a reportagem não publica seus nomes. A exceção são os atletas que foram afastados pelos respectivos clubes.

Não há jogadores presos até o momento. Mas vários foram afastados dos seus clubes ou tiveram contratos rescindidos.

Quem já está está sendo processado (15)

Jogadores denunciados na primeira fase da operação: Ygor Catatau, Allan Godói, André Queixo, Mateusinho, Paulo Sergio (Sampaio Corrêa), Gabriel Domingos (Vila Nova), Joseph (Tombense) e Romário (Vila Nova).

Jogadores denunciados na segunda fase: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Juventude), Paulo Miranda (Juventude), Victor Ramos (ex-Portuguesa e ultimamente na Chapecoense), Igor Cariús (ex-Cuiabá), Fernando Neto (ex-Operário-PR).

Jogadores que fizeram acordo (4)

Jogadores que fizeram acordo, admitiram a culpa e viraram testemunhas: Moraes (Juventude), Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino), Nikolas Farias (Novo Hamburgo) e Jarro Pedroso (ex-Inter de Santa Maria).

Não foram denunciados, mas aparecem em conversas ou planilhas e foram afastados pelos clubes (5)

Pedrinho e Bryan Garcia (Athletico)

Richard (Cruzeiro, ex-Ceará)

Vitor Mendes (Fluminense, ex-Juventude)

Nino Paraíba (América-MG)

O que vem por aí

Nada indica que o MPGO vá parar de investigar o caso, sobretudo pela quantidade de provas colhidas ao longo das buscas e apreensões.

Enquanto isso, o processo contra os denunciados corre na Justiça de Goiás. Três operadores do esquema de apostas tiveram prisão preventiva prorrogada, inclusive Bruno Lopez, tratado como líder da organização criminosa.

Polícia Federal vai investigar

O ministro Flávio Dino determinou hoje (10) que a Polícia Federal investigue as denúncias de manipulação de jogos no país, deflagrada pela operação Penalidade Máxima.