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Santos, seleção e futuro: Marcos Leonardo analisa ano 'repleto de desafios'

Marcos Leonardo, do Santos, comemora gol contra a Portuguesa pelo Paulistão - ANDERSON LIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Marcos Leonardo, do Santos, comemora gol contra a Portuguesa pelo Paulistão Imagem: ANDERSON LIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Santos (SP)

10/04/2023 04h00

Aos 19 anos, Marcos Leonardo é praticamente uma unanimidade no Santos. O centroavante "se salva" em mais uma temporada ruim do Peixe e não deixa de sonhar alto.

Ano difícil para o Santos: "O time acabou oscilando por alguns fatores, que são normais dentro da temporada. Tivemos um período agora de treinos para recuperar alguns jogadores que estavam lesionados e fazer ajustes. Vejo que a evolução vai aparecer aos poucos".

Autoavaliação: "É uma temporada repleta de desafios. Acredito que estou fazendo novamente uma temporada bem regular".

Veto do Santos para amistosos da seleção brasileira sub-20: "Hoje, apesar de ter 19 anos, estou em um calendário profissional. Então entendo que em certos momentos o clube, no meu caso o Santos, não me liberar".

Amadurecimento: "Começo a ver um jogo de uma maneira diferente. Futebol é treino, repetição, rotina. Então quando mais você absorve esse ambiente, melhor você vai conseguir desempenhar sua função".

Veja a entrevista completa de Marcos Leonardo ao UOL

Ano difícil

"É uma temporada repleta de desafios. O Campeonato Paulista deste ano foi bem disputado. Prova disso são os resultados até aqui, inclusive com a possibilidade até o final do campeão não ser nenhum dos quatro grandes. Acredito que estou fazendo novamente uma temporada bem regular. O time acabou oscilando por alguns fatores, que são normais dentro da temporada. Tivemos um período agora de treinos para recuperar alguns jogadores que estavam lesionados e fazer ajustes. Vejo que a evolução vai aparecer aos poucos, e prova disso que vencemos fora de casa na estreia da Sul-Americana [contra o Blooming]. Um jogo muito duro, que soubemos ter paciência, frieza e objetividade para conseguir o triunfo".

Como manter a alegria durante esse momento difícil do Santos?

"Jogar no Santos é uma alegria única e constante. E também uma pressão constante, como em qualquer grande clube. É um elenco jovem, que está se consolidando. O Odair [Hellmann, técnico] está sempre buscando o máximo de cada atleta e vejo que estamos cada vez mais acertando. Vejo o time preparado para os três torneios que vamos disputar na temporada [Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana".

Um dos jogadores sub-20 com mais participações em gols no Brasil

"O futebol moderno faz com que você precise sempre estar em evolução. A versatilidade é algo importante e vital atualmente. Sempre procuro ajudar o Santos não só com gols, mas com entrega, tática, posicionamento. Estou buscando ampliar meu leque do que posso entregar ofensivamente. Me dedico bastante nos treinos para nas partidas sempre poder entregar o meu melhor. Então essa preocupação com meu desempenho e aperfeiçoamento são constantes".

Como manter a concentração se a bola não chega?

"Os jogos estão cada vez mais competitivos. É claro que os clubes grandes sempre terão a pressão constante por resultados. O Paulista foi um dos mais difíceis dos últimos tempos. Então eu fico concentrado o jogo todo e buscando criar as oportunidades ou atento para quando a bola surgir, para que eu converta em gols. Essa é a principal função do camisa 9 e é por isso que dou meu sangue a cada partida pelo Santos".

Veto do Santos para amistosos da seleção brasileira sub-20

"Essa questão dos amistosos não serem em Data Fifa é um complicador para todas as partes. Para os jogadores, para o Santos, que é o meu clube, para a seleção. Hoje, apesar de ter 19 anos, estou em um calendário profissional. Então entendo que em certos momentos o clube não vai me liberar porque sou, por conta do meu esforço e trabalho, um jogador importante dentro do elenco. Mas sempre estou à disposição para representar a seleção.

Jogadores do Sul-Americano foram convocados pelo Ramon para a seleção brasileira principal. Ficou uma frustração?

"Tudo acontece no momento certo. É claro que sempre que for chamado quero estar na seleção. É algo que valorizo bastante, defender as cores do meu país. Não fiquei frustrado, pois são situações que envolvem muitos aspectos. Sou profissional e sigo o curso".

Sonho de Olimpíada de Paris em 2024

"Jogar pela seleção é um sentimento único. É motivo de orgulho por representar meu país, minha gente. Então toda a convocação é um motivo de satisfação e a certeza que estou trabalhando e no caminho certo. A Olimpíada é uma meta minha. Quero disputar a competição e ajudar o Brasil a manter o posto de campeão, conquistando a terceira medalha de ouro em sequência. Para isso preciso continuar fazendo o meu trabalho sério aqui no Santos. A seleção sempre vai ser um objetivo permanente na minha carreira.

O que faz hoje que não fazia na base?

"A cada ano você amadurece mais. Começa a ver um jogo de uma maneira diferente. Futebol é treino, repetição, rotina. Então quanto mais você absorve esse ambiente, melhor você vai conseguir desempenhar sua função. Seja uma finalização que vou executar de uma melhor maneira, um posicionamento, a questão do desgaste. Eu tenho desde menino a consciência de que a evolução de um atleta é constante, e que seu pior adversário é se acomodar. Então eu trabalho duro para sempre manter o nível no grau maior. Procuro conversar com os jogadores mais experientes também para absorver algumas coisas, a comissão técnica também. Hoje sou um jogador mais pronto e maduro. Mas com a cabeça que posso sempre melhorar mais".

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