'Argentina não serve de modelo para o Brasil', diz Mauro Cezar Pereira

A seleção brasileira ainda não definiu quem será o substituto de Tite como treinador após a Copa do Mundo. A ideia de replicar o que aconteceu com a Argentina, porém, não parece ser um cenário viável para o comentarista Mauro Cezar Pereira, que aponta o ciclo do rival começando lá atrás, na queda da Copa América de 2019 diante o Brasil.

"Acho que esse processo foi muito espontâneo, muito natural. Não foi uma coisa planejada. Acho que a Argentina não serve de modelo para o Brasil. 'Ah, vou fazer igual'. Você não tem o Messi para ser o alicerce de tudo, com um técnico jovem que se fechou com ele e com os jogadores em consequência. E outra coisa, o carisma que o Messi tem hoje, os argentinos que um tempo atrás ficavam perseguindo ele, hoje não existem. Eles entenderam que o Messi, com um comportamento até antagônico ao do Maradona, ele poderia reproduzir o Maradona como líder no campo de futebol. O Brasil não tem esse cara", disse.

Treinador não tem que ser amigo de Neymar

"O jogador não tem que ser amigo de técnico. Tem que ter um técnico que ele respeite, que faça um trabalho correto e que seja chefe dele. Não precisa o Tite ficar amiguinho do Neymar. O próximo técnico não precisa ser amigo do Neymar. Ele precisa ser um cara que o Neymar respeite e obedeça taticamente. Não precisa ser amigo", disse Rodrigo Mattos.

Neymar não é generoso

"O Neymar não é um jogador generoso. O Neymar faz um gol espetacular contra os croatas, mas é uma jogada que ele tenta várias vezes durante o jogo. Ele deixa de passar a bola para os companheiros muitas vezes para buscar uma jogada individual. E as vezes essa jogada morre no nascedouro. O Neymar não evoluiu em alguns aspectos importantes", disse Mauro Cezar.

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