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Ficar ou não no Corinthians em 2023 'depende da questão familiar', diz VP

Técnico do Corinthians vive dilema sobre permanecer ou não no clube para a temporada que vem - Ettore Chiereguini/AGIF
Técnico do Corinthians vive dilema sobre permanecer ou não no clube para a temporada que vem Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Do UOL, em São Paulo

05/09/2022 20h57

A permanência ou não de Vítor Pereira no ano que vem vai virando uma novela no Corinthians. O técnico voltou a falar sobre o assunto na noite de hoje (5), depois de palestrar em um evento da CBF na cidade de São Paulo, e desta vez deu alguns detalhes sobre o que pesa na decisão de continuar ou não no clube a partir de janeiro.

"[Em 2023] Me imagino no futebol, por que não no Corinthians? Depende. Este é um assunto que vou deixar para o final [da temporada]. Tenho que ver muito bem o que vai acontecer, como estará a minha situação familiar, a vida pessoal, e depois vamos tomar as decisões se o Corinthians estiver interessado em conversar comigo a este respeito", respondeu Vítor Pereira à primeira pergunta sobre a possível renovação.

Diante da insistência no tema, disse que tem interesse em ficar, mas ainda não quer adiantar nada. "Eu sou bem tratado no clube. É um clube grande. Desde o início fui muito claro, honesto com o clube, de que só no final da temporada tomarei decisões", reforçou.

Vítor Pereira está no Brasil sem a família, que ainda mora em Portugal. Ele recebeu a visita dos filhos em duas ocasiões desde a contratação pelo Corinthians. As chances de eles se mudarem para a capital paulista é pequena, segundo o técnico, porque a sogra não pode ser deslocada por causa de um problema de saúde. "É impossível", falou.

"A distância da família é complicada. A família precisa de mim. Tenho três filhos e eles precisam de mim. Precisavam que eu estivesse mais perto, com mais tempo para desfrutar. Eles vieram aqui duas vezes, mas tive pouco tempo com eles", lamentou VP, com o atenuante de que viveu a mesma situação na China, ainda mais longe, e que esta distância "é a fatura que paga por optar por esta profissão".

O treinador deu entrevista após participar de uma palestra ao lado do também técnico português Luís Castro, do Botafogo. Os dois participaram de um painel de três horas sobre as experiências dos treinadores estrangeiros no futebol brasileiro. Durante a conversa, VP admitiu que cometeu "uma cagada muito grande" na semana passada, que ontem (4) custou caro no empate por 2 a 2 contra o Inter.

"Tenho que perceber se tenho estabilidade familiar, se minha família está em um momento que consegue suportar mais um ano longe de casa ou não. Esse é de fato o grande ponto. Não tem nada a ver com as dificuldades do futebol brasileiro, porque problemas existem em todo lado."
Vítor Pereira, sobre o que mais pesa em sua decisão de ficar ou não

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