O Athletico conseguiu se impor dentro de casa, bateu o Atlético-GO por 4 a 1, na noite de hoje (20), e encerrou o jejum de dois jogos sem vitória no Brasileirão. Os gols dos donos da casa foram marcados por Cuello, Canobbio, Terans e Léo Cittadini, enquanto que Kelvin descontou para os visitantes.

O Furacão chegou aos 31 pontos - dois atrás do líder Palmeiras, que enfrenta amanhã o América-MG, fora de casa. Já o Atlético-GO segue com 17 pontos e na zona de rebaixamento, na 18ª posição.

O jogo foi dominado pelo Furacão. Mesmo sem ter mais posse de bola em boa parte do confronto, a equipe soube exercer pressão e apostou nas transições e jogadas de velocidade para construir sua vantagem. Os gols de Cuello e Canobbio foram marcados nos primeiros 13 minutos de jogo, o que representou o domínio da equipe comandada por Felipão.

Kelvin, aos 26 minutos da etapa complementar, anotou o tento visitante. Depois do gol, o Dragão se empolgou e melhorou na partida. Mais ofensivo, chegou a oferecer perigo, mas não conseguiu marcar mais gols. Praticamente no último lance do jogo, Léo Cittadini recebeu cruzamento de Fernandinho, apareceu sozinho na área e deu números finais.

O próximo jogo do Furacão será no sábado (23), às 21h, diante do Botafogo, no Rio de Janeiro, pelo Brasileirão. Já o Atlético-GO recebe o América-MG, no domingo (24), às 18h, pelo mesmo torneio.

Quem foi bem: Terans

O meia uruguaio foi o destaque ofensivo do Athletico. Sempre envolvido nos lances de perigo, participou de dois gols e construiu outras jogadas de perigo no ataque. Além da importância no ataque, cumpriu bom papel defensivo acompanhando as subidas do Atlético-GO, fazendo desarmes. Teve bastante espaço para jogar no campo ofensivo e conseguiu ditar o ritmo do ataque atleticano.

Quem foi mal: defesa do Atlético-GO

A defesa do Atlético-GO ficou perdida dentro de campo. Em momento algum conseguiu parar as transições rápidas do Athletico que, mesmo sem ter muito a bola, fez a linha defensiva adversária bater cabeça. Além disso, todo o sistema defensivo deu bastante liberdade aos jogadores chave, como Terans e Canobbio.

Atuação Athletico: consciente com e sem a bola

O Furacão não precisou ter a bola por mais tempo para dominar o jogo. A equipe teve extrema consciência do que fazer dentro do campo. Na marcação, pressionou forte e tirou os espaços do adversário, sem sofrer muito com o ataque. Quando tinha a bola, buscou a saída rápida, criou e converteu as chances para ter tranquilidade necessária no placar.

Atuação Atlético-GO: melhora tarde demais

De última hora, o Dragão perdeu o seu principal articulador de jogadas. Jorginho sentiu problema na coxa e não foi para o jogo. E a ausência do camisa 10 foi bastante sentida. Os visitantes não tinham, dentro do campo, alguém para organizar e distribuir as jogadas ofensivas. No primeiro tempo, apenas uma finalização. Na etapa final, a dificuldade na criação de jogadas melhorou com a entrada de Léo Pereira e Shaylon. A equipe melhorou, mas tarde demais.

Furacão começa bem e sai na frente

O Athletico tomou as rédeas da partida logo no início da partida. Mais ativo no campo ofensivo, o time anfitrião buscou tomar a liderança do placar. Pablo perdeu boa chance, de dentro da área, aos 6 minutos, após receber passe de Canobbio. Contudo, o Furacão não desperdiçou as chances seguintes. Khellven foi até a linha de fundo, aos 9 minutos e cruzou na área. Canobbio furou na primeira trave, mas Cuello completou para o fundo das redes.

O gol não desacelerou a equipe do Athletico em campo. Em uma rápida transição, Terans driblou o zagueiro e carregou até a linha de fundo. O uruguaio rolou para o meio da área e viu Canobbio deslocar o goleiro e ampliar o placar, aos 13 minutos da etapa inicial.

Dragão tem a bola, mas não leva perigo

A desvantagem de dois gols no placar fez o Atlético-GO ser um pouco mais ativo e ter a posse de bola. Contudo, os visitantes não conseguiam levar perigo ao goleiro Bento. Luiz Fernando e Wellington Rato arriscaram de fora da área, mas nas duas oportunidades, a bola foi bem acima da meta dos anfitriões.

Em contrapartida, o Furacão saía sempre explorando os espaços deixados pelo adversário. Terans e Canobbio perderam chances de ampliar o placar.

Jogo esfria

Nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, nenhuma das duas equipes conseguiu levar muito perigo ao gol adversário. O Dragão continuou com mais posse de bola, mas não conseguiu criar lances de perigo a partir disso. O Athletico não repetiu as saídas em transição rápida, mas seguiu aplicado na marcação do adversário

Atlético-GO pressiona e Bento faz defesa incrível

No primeiro minuto da segunda etapa, o Atlético-GO criou a melhor chance na partida. Hayner recebeu na direita e cruzou forte, rasteiro para a entrada da área. O atacante Churín finalizou com força, mas o goleiro do Furacão fez excelente defesa. A equipe visitante tentou exercer uma pressão mais forte no reinício do jogo para tentar diminuir o prejuízo do primeiro tempo.

Terans faz pintura e amplia vantagem

O início intenso do Dragão foi interrompido aos 3 minutos. Depois de um chutão, Terans recebeu na esquerda, dominou e bateu firme na direção do gol. O goleiro Ronaldo, um pouco adiantado, até tentou espalmar, mas a bola o encobriu e morreu no fundo do gol.

Na saída de bola, o Athletico roubou ainda no campo ofensivo e Rômulo chegou na linha de fundo. Terans chegou finalizando e o goleiro Ronaldo fez uma defesa impressionante. No rebote, Erick foi travado pela defesa.

Cenário repetido

A partir disso, o cenário do primeiro tempo foi repetido na segunda etapa. O Atlético-GO não conseguia durar a defesa do Furacão e apostou nas finalizações de fora da área e em cruzamentos. Os goianienses seguiram dando bastante espaço para os anfitriões, que exploraram bastante o espaço no meio-campo, principalmente utilizando Terans.

Jogo aberto

O Dragão conseguiu marcar seu gol justamente na arma utilizada pelo Furacão. Aos 26 minutos do segundo tempo, Kelvin recebeu a bola no campo de ataque, avançou em velocidade e finalizou com força. A bola ainda bateu na trave antes de morrer no fundo das redes. Após o gol, as equipes buscaram marcar mais gols na partida. As marcações passaram a ser batidas com mais facilidade e o jogo ganhou em velocidade.

Rayner foi lançado na direita e bateu forte para dentro da área. O goleiro Bento espalmou para dentro da área e a bola sobrou nos pés de Shaylon que finalizou firme. O lateral Khellven salvou a bola que ia na direção do gol. Léo Pereira também perdeu chance em chute cruzado.

Final mais tranquilo

A pressão do Atlético-GO, depois de marcar o primeiro gol, durou cerca de dez minutos. Após este período, o Furacão conseguiu diminuir o ímpeto do adversário. A equipe de casa passou a tentar ter mais a bola e afastar o Dragão da sua área. O jogo passou ser disputado bastante nas intermediárias com as equipes criando poucas chances.

O Fernandinho voltou!

A torcida do Athletico pediu desde a metade do primeiro tempo, mas foi só aos 24 do segundo tempo que Felipão atendeu. Depois de 17 anos, Fernandinho fez a reestreia pelo Furacão na Arena da Baixada. O jogador atuou como segundo volante, com pouco mais de liberdade em campo. No último lance do jogo, o camisa 5 fez um cruzamento perfeito para Léo Cittadini marcar o último gol da partida.

FICHA TÉCNICA:

ATHLETICO 4 X 1 ATLÉTICO-GO

Motivo: 18ª rodada da Série A do Brasileirão 2022
Data e horário: 20 de julho de 2022 (quarta), às 19h30 (de Brasília)
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Árbitro: Bruno Arleu de Araujo (Fifa/RJ)
Assistentes: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (Fifa/RJ) e Thiago Rosa de Oliveira (RJ)
VAR: Adriano de Assis Miranda (SP)
Cartões Amarelos: Cuello, Terans, Vitor Roque (CAP)
Gols: Cuello (CAP) aos 9'/1ºT; Canobbio (CAP), aos 13'/1ºT; Terans (CAP) aos 3'/2ºT; Kelvin (ACG), aos 26'/2ºT; Léo Cittadini (CAP) aos 49'/2ºT;

ATHLETICO: Bento; Khellven, Pedro Henrique, Nico Hernández, Abner; Hugo Moura, Erick (Fernandinho), Terans (Leo Cittadini); Canobbio (Vitor Roque), Pablo (Rômulo), Cuello (Pedrinho). Técnico: Luís Felipe Scolari.

ATLÉTICO-GO: Ronaldo; Hayner, Wanderson, Edson, Jefferson (Arthur Henrique); Baralhas, Marlon Freitas, Wellington Rato (Léo Pereira); Airton (Shaylon), Luiz Fernando (Kelvin), Churín. Técnico: Jorginho.