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Palmeiras: Pesadelo dos pênaltis persegue Abel desde a época de jogador

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, se lamenta durante clássico contra o São Paulo válido pela Copa do Brasil - WANDERSON OLIVEIRA/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, se lamenta durante clássico contra o São Paulo válido pela Copa do Brasil Imagem: WANDERSON OLIVEIRA/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO

Eder Traskini

Do UOL, em Santos (SP)

16/07/2022 04h00

Abel Ferreira teve dificuldades para dormir na noite de quinta para sexta-feira após a eliminação do Palmeiras da Copa do Brasil. O técnico chegou a dizer que precisaria tomar um remédio para ajudar no sono depois da derrota nos pênaltis. Isso fica mais bem explicado quando olhamos para o história do português em decisões como essa: em toda a carreira, seja como treinador ou jogador, ganhou apenas uma vez e perdeu dez.

O pesadelo da decisão por pênaltis acompanhou Abel desde a época em que atuava como lateral direito do Sporting. Em cinco disputas nas quais esteve em campo na partida, venceu somente uma, diante do Vitórias de Guimarães, pela Taça da Liga de Portugal 2007/08. No entanto, aquela competição terminaria tragicamente: derrota nos pênaltis para o Vitória Setúbal na final.

Com a camisa do Sporting foram outras três decisões: duas derrotas para o Porto, na semifinal da Taça de Portugal de 2005/06 e na mesma competição em 2008/08, e um revés frente ao Benfica, na final da Taça da Liga de 2008/09.

Quando pendurou as chuteiras e assumiu seu posto atual, Abel viu da área técnica sua equipe cair em decisão nas penalidades justamente diante do ex-time. O Braga comandado pelo agora palmeirense caiu perante o Sporting na semifinal da Taça da Liga 2018/19.

Depois disso, Abel passou pelo PAOK (GRE) e chegou ao Palmeiras, onde os pesadelos na marca da cal aumentaram ainda mais. Em sua terceira temporada no clube, o português já caiu cinco vezes na disputa por pênaltis — sendo que nunca venceu nenhuma.

Tudo começou com o Al-Ahly, do Egito, na disputa pelo terceiro lugar do Mundial de Clubes de 2020. Pouco tempo depois, dois títulos perdidos de forma consecutiva nos pênaltis: a Recopa Sul-Americana para o Defensa y Justicia (ARG) e a Supercopa para o Flamengo, de Rogério Ceni.

A Copa do Brasil foi palco de outras duas oportunidades desperdiçadas de espantar o fantasma dos pênaltis. Em 2021, surpreendente derrota para o CRB, e neste ano a eliminação para o rival São Paulo.

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