Petraglia se posiciona após frase polêmica e ressalta: 'Pelé não joga mais'
O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, ganhou repercussão no início da semana ao disparar contra diferentes gestões de times brasileiros, incluindo o Santos. Depois de dizer que o Peixe 'está quebrado' e que o Furacão 'passou o trator' na equipe paulista, ele se posicionou, citou Cazuza e ressaltou que Pelé 'não joga mais'.
"O Santos Futebol Clube tem uma das histórias mais bonitas do futebol mundial. Mas Pelé não joga mais. O Petraglia também um dia sairá de cena, pois a única verdade certa é que um dia não estaremos mais aqui", afirmou o presidente do Athletico, em um trecho do comunicado intitulado 'O tempo não para'.
Explicando-se após as declarações polêmicas, Petraglia afirmou que pessoas, no geral, ficam presas ao passado. "A tentativa de repetir o passado faz muitos ficarem presos aos seus museus, estátuas, heróis, galerias de troféus e histórias contadas de forma épica em livros e lendas. Essa 'propriedade' é passada de dirigente para dirigente, que tentam reafirmar suas tradições sem um projeto, sem um plano que se adapte ao hoje, esquecendo que já no dia seguinte a uma conquista, a busca recomeça", pontuou.
Na nota, Petraglia cita o cantor Cazuza mais de uma vez e admite que se 'inspirou' em um texto de opinião que usou o mesmo recurso. Ele não cita nomes, mas PVC, comentarista do Grupo Globo, escreveu sobre o tema usando o trecho 'mentiras sinceras me interessam', da música 'Maior abandonado'. O mandatário do Athletico usou versos de 'O tempo não para', um clássico do ícone brasileiro.
Por fim, Mario Celso Petraglia diz ser um cara que corre na 'direção contrária' e que tem um compromisso com a verdade.
"Eu sou um cara cansado de correr na direção contrária. Mas essa rebeldia é o que sempre me motivou. Pois há muito a fazer, não só pelo Athletico Paranaense, mas pelo futebol brasileiro. O que disse foi interpretado como desrespeito, como se eu tivesse o poder de apagar a história da cabeça das pessoas. Mas, ao invés disso, acredito que é possível construir uma nova história a cada dia. E ela passa pela reconstrução da nossa 'piscina', roída por anos de corrupção e desagregação", afirmou.
"Por respeito ao futebol brasileiro, e por tudo aquilo que nós construímos no Furacão e que serve de modelo para muitos clubes no Brasil e no mundo, não posso deixar a sinceridade de lado. Neste caso, penso que, mais do que um insulto, foi uma contribuição."
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