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Atlético-MG enxerga a arbitragem pressionada após memes com os pênaltis

Guga, lateral do Atlético-MG, exibe as marcas da chuteira de Danilo Barcelos, do Goiás - Pedro Souza/Atlético-MG
Guga, lateral do Atlético-MG, exibe as marcas da chuteira de Danilo Barcelos, do Goiás Imagem: Pedro Souza/Atlético-MG

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

05/05/2022 04h00

Campeão brasileiro em 2021, o Atlético-MG também liderou o ranking de pênaltis marcados na edição passada da competição, com 11 penalidades —contra dez do Flamengo na campanha do título de 2020. Apesar do número parecido, as penalidades a favor do Galo viraram alvo de memes das torcidas adversárias. Tal cenário tem gerado uma preocupação na diretoria alvinegra, como apurou o UOL Esporte. O receio é que a arbitragem entre pressionada nos jogos do clube nesta edição do Campeonato Brasileiro.

O empate com o Goiás reforçou a preocupação da direção do Atlético. No jogo que terminou 2 a 2, no estádio Serrinha, em Goiânia, o time mineiro reclama da não expulsão do lateral esquerdo Danilo Barcelos, logo aos quatro minutos do primeiro tempo. O camisa 14 da equipe esmeraldina acertou a sola da chuteira na barriga de Guga, deixando as marcas das travas, mas recebeu apenas o cartão amarelo.

A preocupação da diretoria do Atlético ficou ainda maior na noite desta quarta-feira, após a CBF divulgar o áudio da conversa entre Bruno Arleu, o árbitro da partida, e Rodrigo D'Alonso Ferreira, responsável pelo VAR. Após rever o lance, o árbitro de vídeo concordou com a decisão de campo e classificou a entrada de Danilo Barcelos em Guga apenas como "pega de raspão".

Após enviar um ofício até Wilson Seneme, o responsável pela arbitragem na CBF, o clube mineiro não descarta solicitar uma reunião com Seneme, na sede da entidade.

No dia do jogo, a decisão do árbitro e a falta de revisão do VAR revoltaram os dirigentes atleticanos que estavam no estádio, tanto que o diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, e o gerente de futebol, o ex-goleiro Victor, foram contidos na entrada do vestiário da arbitragem após o empate com o Goiás. O incidente até foi relatado na súmula pelo juiz Bruno Arleu de Araújo (RJ).

"Após o término da partida, enquanto a equipe de arbitragem descia pelo acesso de destino da mesma, se deparou com dois diretores da equipe do Clube Atlético Mineiro, que mesmo diante do policiamento local, os Srs. Rodrigo Vila Verde Caetano e Victor Leandro Bagy forçaram a passagem e invadiram o corredor de acesso ao vestiário da arbitragem, por uma porta que se encontrava aberta. O Sr. Rodrigo Caetano, muito exaltado e desrespeitoso, proferia as seguintes palavras: 'Vocês foram uma vergonha hoje! Isso foi mandado? O Galo não pode vencer mais? Foi o Seneme? Foi a CBF? Parabéns, CBF! O Sr. Victor Bagy proferia as seguintes palavras: 'Vocês foram omissos", relatou Bruno Arleu.

Nos três primeiros jogos do Brasileirão, o Atlético não se queixou das arbitragens nas partidas contra Internacional, Athletico-PR e Coritiba. O time venceu os gaúchos por 2 a 0 na estreia do Brasileiro. Em seguida, bateu o time paranaense por 1 a 0 fora de casa. Na terceira rodada, ficou no empate com o Coritiba por 2 a 2 no Independência.

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