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Multa rescisória e entrada de reforços: Inter debate demissão de Medina

Alexander Medina, novo técnico do Inter, foi apresentado hoje no Beira-Rio - Ricardo Duarte/Inter
Alexander Medina, novo técnico do Inter, foi apresentado hoje no Beira-Rio Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

15/04/2022 04h00

O Internacional debate internamente a demissão de Alexander Medina. Depois de mais um insucesso, ontem (14), no empate em 1 a 1 com o modesto Guaireña (PAR), pela Sul-Americana, a direção está debruçada sobre a multa rescisória do vínculo do uruguaio e pondera sobre a possibilidade de evolução a partir da entrada de reforços para definir o futuro.

O vínculo de Cacique Medina com o Colorado vai até o fim deste ano. Para romper a ligação de forma unilateral, a multa rescisória está definida em aproximadamente R$ 7 milhões. O uruguaio já indicou que não pedirá para sair.

No entanto, sobram, no Beira-Rio, avaliações negativas sobre o trabalho. E não apenas dos torcedores. Até mesmo os mais irredutíveis na manutenção dele já têm dúvidas sobre a possibilidade de aguentar mais uma onda de pressão.

Sob comando da atual comissão técnica, o Colorado acumula fracassos. São 17 jogos, com seis vitórias, seis empates e cinco derrotas (aproveitamento de 47%). O time marcou 17 gols e sofreu 20.

Nas competições do início do ano, foi eliminado do Gauchão antes da final e logo para o maior rival, o Grêmio, que ergueu a taça pela quinta vez consecutiva. Na Copa do Brasil, foi desclassificado na primeira fase ao perder para o modesto Globo-RN.

E, depois de quase 15 dias de treinamentos, o Inter empatou com o 9 de Octubre e com o Guaireña pela Sul-Americana, e perdeu para o Atlético-MG, na estreia no Brasileirão.

As vaias e o protesto até violento da torcida no Beira-Rio indicam que o caminho não é nada tranquilo. A direção também entende que a ruptura pode ser a única solução. Por isso, estuda formas de viabilizar tais termos. Só depois disso irá tomar sua decisão, dividida entre a presidência, o departamento de futebol e o Conselho de Gestão.

Há uma esperança

Os relatos colhidos pelo UOL Esporte apontam apenas uma esperança de evolução: a entrada de reforços. Nos bastidores do Inter ainda há a crença de que o time possa finalmente atingir o nível esperado com a participação de jogadores que foram agregados recentemente ou se recuperam de quadros clínicos. São os casos de Wanderson, Renê, Alan Patrick, Pedro Henrique e Vitão. Além de David e Kaíque Rocha.

Alexander Medina bateu nesta tecla em sua entrevista coletiva. Disse que o time irá evoluir e que tem certeza de que o trabalho dará resultado.

"Eu converso com os dirigentes diariamente. Mais especificamente com o Paulo Autuori [diretor técnico]. Convivemos todos os dias, nos treinos, nas concentrações, nas viagens. Estamos falando sempre do Inter e sabemos que há muitos jogadores que chegaram agora e que temos que colocar eles em condições. O Inter vai crescer, não tenho dúvidas disso, estou totalmente convencido. No momento, não houve o resultado que queríamos, contra o Guaireña, mas tenho convicção que o trabalho dará frutos. É um processo que se passa no futebol, às vezes o futebol te castiga", disse Medina.

"Há indicadores de que estamos por um bom caminho. Temos jogadores para entrar no time, seremos um grupo mais amplo e completo. Eu não tenho dúvida. Se tivesse dúvidas ou os jogadores demonstrassem dúvidas, tudo bem. Mas não é isso. Os resultados estão ruins, mas o rendimento não. Evoluímos, encontramos o jogo que queremos em alguns momentos, a intensidade, a circulação, chegada ao ataque, posse de bola. Não estamos ganhando os jogos, mas não tenho dúvida que isso irá mudar", finalizou.

Resta saber se será com ele no comando.

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