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Com final do Carioca, Fluminense vê chance de reconectar time e torcida

Torcida do Fluminense no Maracanã, na semifinal contra o Botafogo - Mailson Santana/Fluminense FC
Torcida do Fluminense no Maracanã, na semifinal contra o Botafogo Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

01/04/2022 04h00

O fim do Campeonato Carioca pode representar um recomeço ao Fluminense na temporada. Após um momento de crise, a equipe de Abel Braga cresceu em um momento decisivo e parece ter trazido consigo a torcida, que esgotou os ingressos para a finalíssima.

Após a vitória por 2 a 0 no primeiro encontro, o Tricolor reencontra o Flamengo, amanhã (2), e busca acabar com o jejum que dura uma década — o último título estadual foi em 2012, também sob comando de Abel. O troféu pode representar bem mais que simplesmente desentalar o grito de "É campeão".

O apoio na arquibancada acontece após um período em que a sinergia com o campo deu indícios de ter quebrado. A eliminação na fase preliminar da Libertadores causou reflexos, e afastou a torcida das semifinais, contra o Botafogo, e do primeiro jogo da decisão.

O cenário e o ambiente não pareciam mais aqueles criados, por exemplo, nos jogos em casa contra Millonarios (COL) e Olimpia (PAR). Um novo resultado positivo frente ao rival rubro-negro e a conquista assegurada podem fazer esta página ficar para trás.

Abel chegou a citar o "carinho" necessário ao elenco durante a coletiva na última quarta-feira, após o jogo, quando perguntado sobre rumores de uma possível saída depois do Carioca.

"Quando eu tiver de entregar o cargo, a primeira pessoa que vai saber é o presidente do clube. Não vai ser minha mulher, meu filho, ninguém. Até hoje, eu estou feliz aqui. Amanhã posso deixar de estar? Posso. Porque, realmente, no futebol brasileiro acontecem coisas lamentáveis. Ontem (29) tinha torcedor, no treino, você saindo, escuro... Chegamos 13h30. O jogador também precisa de carinho, um pouco de apoio. Às vezes tem até de pegar no colo", disse.

Para este jogo, o treinador projeta as voltas do zagueiro Nino e do atacante Luiz Henrique, integrantes da espinha dorsal da equipe considerada titular neste início de temporada.

Luiz Henrique, inclusive, que foi um dos motivos para a lua de mel do clube com a torcida ter ficado estremecida. Os tricolores consideraram os valores envolvidos na negociação dele ao Betis, da Espanha, baixos, e houve protestos contra a diretoria.

"Vamos ver agora, próximo jogo é outra história. Para nós tem que começar 0 a 0. Não adianta pensar em vantagem. Tem sido assim, quando eu estava aqui e quando não estava. As vitórias do Fluminense têm sido assim, o Flamengo tem sempre a bola, daqui a pouco começa a se projetar demais, e a gente escapa uma, duas, e marca. E isso vai continuar. Vou falar que vou mudar para o próximo jogo? Vou mudar nada. Os nomes, eu não sei, eu vou ter, provavelmente, o Nino, voltando, e o Luiz Henrique, o que já dá um peso. Vamos aguardar", afirmou.

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