A compra do Cruzeiro por Ronaldo Fenômeno animou o torcedor, que viveu uma situação complicada nos últimos anos dentro e fora do campo, com problemas na gestão que levaram ao endividamento e à queda para a Série B, na qual o clube estará pelo terceiro ano consecutivo em 2022. Para Arnaldo Ribeiro, a associação ao nome de um dos grandes jogadores da história do futebol é para dar esperança ao cruzeirense.
No podcast Posse de Bola #188, Arnaldo afirma que não há nenhuma garantia de sucesso, mas pelo menos o torcedor do Cruzeiro passa o Natal mais esperançoso com a aquisição por Ronaldo depois de um período de muitas dúvidas sobre o que poderia ser do clube até aderir à Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
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"Pegando a ótica do torcedor do Cruzeiro, talvez o pior ano da história do torcedor do Cruzeiro tendo em vista também o sucesso do rival e uma impressão de que ninguém queria o Cruzeiro, tem isso, de que o Cruzeiro não tinha luz no fim do túnel. Eu acho sim que é uma luz no fim do túnel, pese todas as ponderações", diz Arnaldo.
"O torcedor do Cruzeiro, que iria passar o pior Natal da história dele, ele tem uma esperança, isso é fato. Não quer dizer garantia de sucesso, é esperança. Ninguém queria aquele clube, o Ronaldo Fenômeno comprou o clube e agora não será um negócio de uma hora para outra, é um processo paulatino de recuperação, mas de qualquer forma é um marco porque alguns outros clubes vão seguir esse mesmo caminho", completa.
O jornalista afirma que pode pesar a favor do Cruzeiro em relação à preocupação com a gestão justamente o fato de a administração do clube passar a estar atrelada a um nome importante do futebol como Ronaldo.
"A gente não tem bons exemplos, não tem modelo e acho que, diante dessa falta de modelo, a presença do Ronaldo de forma surpreendente no comando do Cruzeiro eu vejo com o copo cheio, acho que é uma tentativa e a figura dele vai estar, qualquer ato agora em relação ao Cruzeiro para lá ou para cá vai estar com a figura dele, é o dono, o responsável é ele, Ronaldo Nazário, o Fenômeno", diz Arnaldo.
"Muitas vezes o jogador volta para encerrar a carreira ou para ser treinador. O Ronaldo saiu de lá na década de 90, fez a trajetória inteira dele como jogador no mundo e agora volta para 'salvar' o clube, essa é a visão do cruzeirense. De certa forma, e isso também tem que ser colocado na balança, está colocando a sua imagem em uma das primeiras ações de compra de clube de futebol numa nova era por um cara ligado ao futebol, como jogador, como símbolo, como um dos maiores jogadores da história", conclui.
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