Topo

Debinha e Kerolin brilham, Brasil supera começo ruim e goleia a Venezuela

Kerolin marcou dois gols pelo Brasil contra Venezuela  - Thais Magalhães/CBF
Kerolin marcou dois gols pelo Brasil contra Venezuela Imagem: Thais Magalhães/CBF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/11/2021 22h54

É um Brasil de cara nova. Em processo de renovação e com muitas jovens em campo, a seleção feminina superou um começo ruim e venceu a Venezuela de virada por 4 a 1, na noite desse domingo (28), pela segunda rodada do Torneio Internacional de Manaus.

Kerolin, com dois gols, e Debinha, com um gol e duas assistências, brilharam e foram os principais nomes da seleção. Gabi Nunes completou para o Brasil, enquanto Villamizar anotou o gol da Venezuela com apenas dois minutos de jogo.

Foi a segunda goleada do Brasil - já havia vencido a Índia por 6 a 1 na última quinta. A seleção volta a campo pela terceira rodada da competição na próxima quarta-feira, às 21h, contra o Chile, em partida que valerá o título do Torneio Internacional de Manaus. As duas seleções estão 100%, mas o Brasil leva a melhor no saldo.

Pia experimenta, e Brasil começa mal

A técnica Pia Sundhage escalou apenas quatro jogadoras que foram titulares na goleada de 6 a 1 sobre a Índia e aproveitou a partida para fazer testes em meio à renovação da seleção. A goleira Lorena, do Grêmio, por exemplo, começou de titular em seu primeiro jogo da seleção, assim como a zagueira Lauren, que acabou de subir da base e falhou no primeiro gol da Venezuela. Com tantos nomes novos, a seleção oscilou, tomou um gol com dois minutos e foi dominada até os 15 minutos pelas venezuelanas.

Villamizar aproveita falha e abre o placar

A atacante Villamizar, ex-Santos, abriu o placar logo aos dois minutos de jogo em falha da jovem Lauren. A atacante aproveitou erro da zagueira, ganhou na corrida e bateu cruzado para boa defesa da goleira Lorena. No rebote, porém, a venezuelana subiu livre e guardou no cantinho.

Brasil reage e vira de cabeça em 5 minutos

Gabi Nunes comemora gol pelo Brasil contra a Venezuela  - Thais Magalhães/CBF - Thais Magalhães/CBF
Gabi Nunes comemora gol pelo Brasil em Manaus
Imagem: Thais Magalhães/CBF

Após sair atrás do placar e sentir o gol das venezuelanas, o Brasil foi melhorando aos poucos e virou o jogo usando a cabeça, literalmente. Primeiro, aos 19, Tamires cobrou escanteio, a bola foi desviada no primeiro pau e sobrou para Kerolin completar no segundo poste. Cinco minutos depois, foi a vez de Gabi Nunes, que vinha de duas graves lesões, aproveitar cobrança de falta de Debinha e testar firme para a rede.

Kerolin faz mais um em linda jogada

Aos 39 minutos, o Brasil ampliou o placar em uma jogada que valeu o ingresso. Adriana fez um rebuliço pela esquerda e cruzou rasteiro para Debinha, que só ajeitou de calcanhar para Kerolin fazer seu segundo na partida. Ela já havia marcado contra a Índia e, com os dois gols contra a Venezuela, chega a quatro gols pela seleção em quatro convocações.

Virou passeio!

No fim do primeiro tempo, foi a vez de Debinha deixar o dela. Após erro bisonho da zaga venezuelana, a atacante ficou cara a cara com a goleira e só deslocou com muita categoria para fazer o quarto gol brasileiro. Virou passeio!

Capitã, Debinha lidera reação

Debinha recebeu a faixa de capitã contra a Venezuela - Thais Magalhães/CBF - Thais Magalhães/CBF
Debinha foi a capitã do Brasil contra a Venezuela
Imagem: Thais Magalhães/CBF

Sem Marta nem Formiga em campo, a braçadeira de capitã sobrou para a atacante Debinha, de 30 anos. E ela fez por merecer. Após início muito ruim e inseguro do Brasil, a atacante foi fundamental na virada. Deu as assistências para o segundo e o terceiro gols e marcou o quarto. Além de jogar bem, demonstrou muita personalidade como de costume. Hoje, além de Marta, ela é a mais letal arma ofensiva da seleção.

Pia promove mais mudanças

Após praticamente garantir a vitória no primeiro tempo, Pia fez várias mudanças para etapa final, a começar pela saída de Kerolin e Debinha, as duas melhores do Brasil no jogo. Elas deram lugar a Júlia Bianchi e Giovana. Outra jogadora mais experiente em campo, Tamires também saiu e deu lugar a Yasmin. Após as mudanças, a seleção continuou melhor em campo, mas com menos criatividade e volume de jogo. E assim o Brasil diminuiu um pouco o ritmo, buscando manter o padrão tático de duas linhas de quatro e chegada pelas laterais, sem tanto sucesso. Ainda assim, criou mais que as venezuelanas e chegou a acertar o travessão com Giovana em passe de Marta, que entrou na metade no segundo tempo.

Torcida pede, e Marta vem pro jogo

Maior jogadora da história do futebol feminino, Marta começou no banco por motivos físicos. Após resolver problemas pessoais no EUA, ela se apresentou apenas na última quinta, a tempo de participar da despedida de Formiga. Com o jogo resolvido, a torcida em Manaus começou a gritar o nome da camisa 10, e a técnica Pia atendeu os pedidos. Marta entrou no lugar de Gabi Nunes, mais como segunda atacante, e logo no seu primeiro lance deu lindo passe de calcanhar que quase resultou no quinto gol brasileiro. Logo depois, ela deu bela assistência para Giovana, que acertou o travessão e por pouco não ampliou a goleada.

Tweets da partida

Ficha Técnica
Brasil 1 x 4 Venezuela

Competição: Torneio Internacional de Manaus
Local: Arena da Amazônia
Data e hora: 28 de novembro de 2021, às 21h
Cartões amarelos: Cabrera (VEN), Lauren (BRA), García (VEN), Daniuska (VEN)
Gols: Villamizar (2' 1T), Kerolin (19' 1T), Gabi Nunes (25' 1T), Kerolin (39'1T), Debinha (45'1T)

Brasil: Lorena; Bruninha, Tainara, Lauren, Tamires (Yasmin); Ana Vitória, Angelina (Ivana), Kerolin (Júlia Bianchi), Adriana; Gabi Nunes (Marta) e Debinha (Giovana). Técnica: Pia Sundhage.

Venezuela: Cáceres; García, Cabrera, Giménez, Guarecuco (Speckmaier); O'Nill, Moreno (Gutiérrez), Villamizar, Daniuska; Altuve, Castellanos. Técnica: Pamela Conti