Fala, Maurão: Por que Felipe Melo não quis falar sobre Bolsonaro? Estranho!
A situação envolvendo Felipe Melo e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um dos assuntos do quadro "Fala, Maurão". Fã declarado do político, o jogador do Palmeiras foi perguntado durante a coletiva de imprensa de sexta-feira (26) se dedicaria o eventual título do maior torneio da América do Sul ao mandatário máximo do país. Para surpresa de todos, no entanto, o volante se recusou a responder.
É que durante o dia, Bolsonaro, que sempre se disse torcedor do Palmeiras, causou espanto ao declarar torcida para o Flamengo na decisão contra o seu clube do coração na final da Libertadores, neste sábado, às 17h (de Brasília), no Uruguai. A resposta de Felipe Melo foi que estava ali para falar de futebol, mas será que ele convenceu?
"É curioso porque foi ele mesmo quem colocou o Bolsonaro na pauta em outras ocasiões. Ele já foi até a Brasília acompanhar apresentação, nomeação, posse de ministro. Ou seja, ele se coloca como bolsonarista publicamente desde antes da campanha que elegeu o presidente da República. Outros jogadores não são perguntados sobre isso porque não se manifestam sobre isso", disse Mauro Cezar Pereira, que acompanha a final na capital do Uruguai.
Segundo o colunista do UOL Esporte, Felipe Melo poderia ter tido outra atitude na coletiva de imprensa da última sexta-feira, em Montevidéu. Para Mauro, a situação ficou estranha pois o volante do Palmeiras sempre se mostrou tão solícito ao presidente, mas não horas após o mesmo declarar apoio ao Flamengo na grande decisão.
"É estranho que um personagem importante, um jogador conhecido, polêmico e que atue em um clube tão importante novamente finalista da Libertadores, o Palmeiras, queira selecionar o momento em que vai falar desse assunto. Determinada hora, ele homenageia o Bolsonaro, em outra prefere não falar dele. Por que será? Achei estranho e fiquei realmente na dúvida sobre o que teria motivado porque o Felipe Melo teve novamente uma ótima oportunidade para homenagear o seu ídolo político, podemos assim dizer, sua referência política do Brasil, que é o atual presidente da República. Inúmeras vezes já se mostrou um simpatizante feroz de Jair Bolsonaro e dessa vez não quis tocar no assunto. Por que será?", completou o colunista.
A final da Libertadores será decidida em jogo único em Montevidéu, no Uruguai. Em caso de empate a taça será definida nas cobranças de pênaltis. Quem vencer será tricampeão da competição continental.
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