Trajano: Brasileiro vai se dividir entre antes e depois da volta da torcida

O reencontro do Corinthians com o seu torcedor foi vitorioso, da mesma forma como já havia ocorrido anteriormente com times com o Flamengo no Campeonato Brasileiro, com um cenário que muda em relação ao que os times passaram nos últimos meses, atuando em estádios vazios.

No UOL News Esporte, José Trajano afirma que a presença dos torcedores na reta final deve causar grande impacto na competição e beneficiar os clubes que são mais populares como é o caso de Corinthians e Flamengo.

"Eu acho que o Campeonato Brasileiro tem que ser dividido em antes e depois das torcidas no estádio e vai influenciar muito o rendimento de times como o Corinthians. Na verdade, o Corinthians ontem subverteu a frase, jogou para a torcida", diz Trajano.

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"Jogar para a torcida era uma frase muito usada no futebol, mas que era uma crítica, não, jogou para a torcida pelo encantamento de conviver com a torcida, ele foi envolvido pela torcida, a torcida se envolveu com o time e o tempo inteiro o Corinthians foi melhor", completa.

O jornalista afirma que o valor cobrado pelos ingressos ainda está exagerado por parte dos clubes, embora lembre que eles tiveram prejuízo causado pela pandemia, com os estádios vazios.

"Estão pagando um ingresso caro, os times estão querendo também recuperar a grana que deixaram de ganhar, acho que tem que baixar esse preço logo logo, mas o Campeonato Brasileiro vai se dividir em antes e depois da reabertura do público nos estádios e quem vai se beneficiar disso são os times com maiores torcidas, no caso Flamengo e Corinthians", conclui.

Milly Lacombe afirma que o início do jogo que teve a vitória do Corinthians por 3 a 1 sobre o Bahia foi emocionante, com o reencontro depois de tanto tempo e que talvez a emoção tenha tido influência na própria atuação do time no primeiro tempo, até se organizar e conseguir o resultado.

"Eu acho que quando a gente viu a torcida ali, aquilo foi um marco, para os jogadores também. Eu me emocionei demais quando vi o torcedor e a torcedora no campo, saudando o time e vi torcedores muito emocionados também. Eu acho que aquilo entrou nos jogadores de um jeito que fez com que eles jogassem de uma maneira mais empolgada do que treinada talvez, então eles estavam talvez individualizando um pouco o jogo, estava todo mundo muito emocionado", diz Milly.

"O Corinthians fez o que tinha que fazer jogando contra dez, foi um time que empatou, não desistiu de atacar, fez um outro gol e não desistiu de atacar. Faia muito tempo que eu não via o Corinthians jogando assim, atacando, atacando e atacando, mesmo com a vantagem no placar. Foi muito bonito ver que não era um DJ tocando, era voz do torcedor e da torcedora, eu acho que a gente não pode perder de vista o que está acontecendo. Eu me chateio muito com as análises quando elas são só objetivas, quantos chutes, quantos cruzamentos certos. Eu acho importante, mas o futebol é muito mais do que isso", conclui.