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WhatsApp caiu: como a ferramenta afeta a seleção brasileira

Segurando o celular, Raphinha cumprimenta Matheus Bachi na chegada à seleção - Lucas Figueiredo/CBF
Segurando o celular, Raphinha cumprimenta Matheus Bachi na chegada à seleção Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/10/2021 17h38

O principal aplicativo de mensagens do planeta bugou. Como se trata de uma situação global, a queda do WhatsApp também afeta a rotina da seleção brasileira, que nesta semana se reúne na Colômbia para os próximos três jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, contra Venezuela, Colômbia e Uruguai.

Além de uma ferramenta para comunicação no cotidiano, o WhatsApp também tem um propósito educacional na seleção. É por ele que a comissão técnica envia vídeos aos jogadores convocados para antecipar conteúdos e ideias a serem adotados nos treinamentos e reuniões de preparação para as partidas. A prática foi implementada por Tite desde o início da passagem dele na seleção, em 2016, e acontecia no Corinthians.

Geralmente, isso acontece antes da apresentação. Então, o conteúdo enviado para a atual data Fifa ainda pode ser acessado, caso os jogadores tenham baixado.

A rotina é nova especialmente para o meia-atacante Raphinha, do Leeds, e o atacante Arthur Cabral, do Basel, estreantes na seleção. Arthur, inclusive, está em trânsito e tem chegada a Bogotá programada para a noite de hoje (4). Pela logística, só deve descobrir que o WhatsApp colapsou quando aterrissar — e ele foi convocado na sexta-feira, substituindo o lesionado Matheus Cunha. Raphinha, pelo menos, estava na lista inicial, chegou na primeira leva de jogadores que desembarcaram na capital colombiana, ontem (3), e começou antes a ambientação ao grupo.

É comum que os jogadores e a comissão técnica do Brasil sejam incluídos em grupos cujo administrador é Luis Vagner Vivian, gerente da seleção e responsável pela logística. Por lá, eles recebem informações sobre a programação da delegação, horários de treinos, refeições e, claro, piadas.

Neymar, que embarcou agora à tarde (horário de Brasília) de Paris rumo à Colômbia, usou o Twitter — rede social que não caiu, ao contrário de Instagram e Facebook — para fazer piada com a situação:

"Só o final de semana do Zuck e o meu que deu (sic) ruim ou de mais alguém também?", indagou ele, em referência a Mark Zuckerberg, dono do Facebook, Instagram e WhatsApp.

O colapso das redes alterou a dinâmica da entrevista coletiva com Alex Sandro. Um dos softwares usados também não estava em bom funcionamento e as perguntas dos jornalistas foram enviadas por texto e não foram feitas por vídeo, ao vivo, como de costume.

E o Telegram, que tem recebido uma enxurrada de adesões durante o dia? A assessoria de imprensa da seleção migrou para a ferramenta. Mas, até a publicação deste texto, nada do técnico Tite ou dos seus auxiliares Cleber Xavier, Matheus Bachi e César Sampaio por lá.

O Brasil está na Colômbia antes de enfrentar a Venezuela, em Caracas, na quinta-feira (7). Domingo, os adversários serão os próprios colombianos. Na semana seguinte, no dia 14, o Brasil joga contra o Uruguai, em Manaus.