O Corinthians chega para o confronto com o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro em um momento no qual o técnico Sylvinho já é questionado e com um histórico recente de demissões de treinadores depois de derrotas para o rival, o que ocorreu com Tiago Nunes e com Vagner Mancini.
No podcast Posse de Bola #163, Arnaldo Ribeiro afirma que considera precoce a pressão no trabalho de Sylvinho depois da chegada dos reforços. O jornalista opina que ele ainda não teve tempo suficiente para montar seu time com todos os jogadores recém-contratados pelo clube.
"Está pegando muito por conta de um desempenho em casa estranho, abaixo da crítica, que pode mudar e muito com a volta do público ao estádio, tem essa situação. O Sylvinho adoraria que tivesse a deliberação de pelo menos um pouquinho da capacidade, já faria uma diferença por conta da torcida única. Tem isso em São Paulo também, em um clássico isso tem feito muito a diferença, mas não será ainda no sábado", diz Arnaldo.
"Acho que o desempenho do Corinthians em casa, que é irreconhecível no comando do Sylvinho, coloca essa interrogação. Mas é muito cedo ainda e os jogadores contratados recém-chegaram, não é assim de uma hora para a outra. Também tem outra coisa que pesa para o Sylvinho em relação ao Dérbi, que é a tradição recente de saídas de treinadores do Corinthians pós-derrotas em dérbis. Mas eu vejo a situação do Sylvinho diferente dos antecessores, que estavam mais pressionados, fragilizados e tinham mais cobrança. Enfim, eu vejo um tanto quanto precoce essa pressão em cima do Sylvinho, sinceramente", completa.
O jornalista também analisa o outro lado e afirma que para Abel Ferreira não deve ser nada confortável ter pela frente um jogo com o rival em meio às semifinais da Libertadores. O Palmeiras terá um jogo fora de casa diante do Atlético-MG já na terça-feira (28), valendo vaga na decisão depois de um empate sem gols no Allianz Parque.
"A pior coisa para o Palmeiras era ter o Corinthians como adversário entre os jogos da Libertadores. Se fosse escolher a tabela do Brasileiro, qualquer confronto seria melhor. Até que a possibilidade de jogar com reservas é mais complicada tendo o Corinthians pela frente. Aquela estratégia do jogo da ida com o Atlético-MG, pragmática, sem correr riscos, para não levar gols, ele vai ter que pensar. Ele que gosta sempre de estratégias muito peculiares, pontuais, para determinadas partidas. O Abel tem que ter a estratégia para o jogo da volta contra o Atlético-MG com público e uma estratégia para Dérbi", diz Arnaldo.
"Se a gente lembrar o início do trabalho do Sylvinho e o que é o trabalho do Abel, ninguém vai querer a bola. O árbitro apita, e ninguém vai querer a bola, campo ou bola, todo mundo vai querer campo, ninguém vai querer bola. Os dois times não querem jogar bola. Acho que o empate 'evita crise' para o Palmeiras seria bom resultado, embora em termos de tabela do Brasileiro, na perseguição ao Atlético-MG significasse pouca coisa. Para o Corinthians seria mais uma partida sem vencer em casa, mas não é uma derrota", conclui.
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