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Marcelo Moreno comemora 14 anos do 1° gol pelo Cruzeiro: "valeu a pena"

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

19/08/2021 04h00

O atacante Marcelo Moreno segue escrevendo sua história no Cruzeiro, onde já realizou 138 jogos, fez 53 gols e é o maior artilheiro estrangeiro nestes 100 anos do clube. Se hoje o boliviano ostenta o status de goleador máximo, a história precisou de um primeiro capítulo. Isto aconteceu há 14 anos. Em um dia como hoje, 19 de agosto, mas lá em 2007, o Flecheiro balançava a rede pela primeira vez com a camisa estrelada.

Naquele longínquo domingo, pela 20ª rodada do Brasileirão, o Cruzeiro venceu o Fluminense por 4 a 2, de virada, com três gols de Alecsandro e um de Marcelo Moreno. Arouca e Thiago Neves marcaram para o Tricolor carioca, no Mineirão.

"Eu estava começando, trabalhei muito, pra caramba, fazia finalização todo dia, escutava os treinadores, jogadores que me ensinaram bastante dentro do vestiário. Foi muito bom, porque eu precisava só de uma bola, duas talvez em um jogo para fazer o gol. Quando fiz o primeiro gol foi um momento que o vestiário, o time todo ficou muito feliz, porque viam como eu trabalhava, me empenhava para fazer os gols", relembrou Marcelo Moreno, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

O gol do centroavante boliviano naquela vitória sobre o Fluminense foi anotado aos 49 minutos do segundo tempo. Com o resultado, a Raposa assumia naquele dia o segundo lugar do Brasileirão e quebrava um tabu de quatro anos sem vencer o time das Laranjeiras.

"Só de representar o Cruzeiro é uma coisa incrível. Quando eu tive a oportunidade de vir para esse time, não pensei duas vezes. Sabia que seria um desafio muito grande, só via craque no Cruzeiro na época, e falei, nossa, vou ter que trabalhar pra caramba para jogar com esses feras", comentou.

Em sua terceira passagem pelo Cruzeiro — 2007 a 2008, 2014 e de 2020 até agora —, Moreno tem grande identificação com o clube. O próprio jogador comemora o fato de conseguir ao longo do tempo o apreço da torcida celeste.

"Hoje, com a idade que tenho e os números que tenho com a camisa do Cruzeiro, sei que todo esse esforço sempre valeu a pena. Jogar no Cruzeiro não tem preço, é uma identificação muito grande que tenho com os torcedores, com essa camisa, e tenho que manter esse trabalho. Esse menino que chegou trabalhador aqui, esforçado, com muita raça, ele tem que se manter. E eu mantenho esse futebol dentro do Cruzeiro, tento levar isso para os meus companheiros que são novos também. Alguns escutam outros não, os que escutam, com certeza, vão se dar bem. É importante ter um referente dentro do elenco. Aquele gol foi o momento único para deslanchar dentro do Cruzeiro", finalizou.

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