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Atlético-MG tem projeto para ampliar patrimônio e foca na saúde financeira

Sede do Atlético-MG, em Belo Horizonte, localizada no valorizado Bairro de Lourdes - Bruno Cantini/Atlético-MG
Sede do Atlético-MG, em Belo Horizonte, localizada no valorizado Bairro de Lourdes Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Henrique André

Do UOL, em Belo Horizonte

16/08/2021 13h00

O Atlético sobra na temporada e se credencia como favorito aos principais títulos em disputa. Campeão estadual, vivo na Copa do Brasil, com vantagem nas quartas de final da Libertadores e líder isolado do Brasileirão, o time mineiro ganha respeito e todos os holofotes. Contudo, a situação financeira também é destaque na mídia, principalmente pela dívida total que ultrapassou a casa do bilhão de Reais. "Soluções caseiras", inclusive, já estão pensadas para otimizar o processo, como a ampliação de dois patrimônios já existentes.

Nesta segunda-feira (16), o mecenas Rubens Menin, principal responsável pelo milionário aporte financeiro recebido pelo clube, falou sobre o assunto e, apesar de ver o Alvinegro caminhar para saúde financeira exemplar no país, destacou que "não se pode fazer bobagem".

De acordo com Menin, em entrevista à Rádio Band News FM, embora as dívidas sejam altas, o clube está construindo patrimônio, incluindo a Arena MRV (estádio próprio) que, segundo ele, está avaliada em R$ 1 bilhão. O empresário também prevê que dívidas com jogadores, Fifa e fornecedores serão quitadas até o ano que vem.

"Por que estamos conseguindo fazer isso no Atlético? Porque o clube está pacificado. Nossas soluções são em consenso. Quando começamos este trabalho de reconstrução no clube, a primeira coisa que fizemos foi organizar a casa, contratando consultoria, fazendo planos de negócio, que nenhum clube no país tinha.

Programamos tudo. Em 2021, apesar da queda de bilheteria, já vamos pagar muitas dívidas passadas. Em 2022, tudo ficará para trás", destacou Menin.
Ainda de acordo com o mecenas, que se diz confiante no desempenho dentro das quatro linhas, o Atlético tem um time competitivo e "belisca um título, quem sabe dois", ainda em 2021. Para o empresário, "a briga está difícil", mas nada que diminua o otimismo.

"Apesar de ter montado um time forte, tem um teto de gastos. Só podemos contratar um jogador se tirarmos um gasto equivalente. O Diego Costa, por exemplo, só veio porque houve um espaço por remanejamento (saída de atletas, readequação interna). O que o Atlético tem hoje, apesar das pessoas não gostarem, é uma disciplina financeira muito grande. Não podemos fazer bobagem", comentou o mecenas.

"O Atlético está muito melhor do que estava. Tem um patrimônio muito grande. Deve, mas tem uma situação econômica muito boa. Estamos fazendo dois outros investimentos imobiliários muito grandes, um supermercado num terreno que temos na Av. Pedro I, um prédio em Lourdes, então o Atlético tem um patrimônio muito grande. Será muito trabalhoso e demoraremos mais uns três anos para colocar a casa em ordem", finalizou.

Sobre os novos empreendimentos

Sobre as novas obras que o Atlético estuda fazer para aumentar o patrimônio, o UOL Esporte apurou detalhes. A primeira será na sobra de terreno onde fica localizada a Vila Olímpica, antigo Centro de Treinamentos do clube e onde funciona atualmente um clube social. Existe um projeto praticamente pronto e o clube busca um parceiro para a execução.

O outro é o terreno da sede do clube, no bairro de Lourdes (metro quadrado mais caro da cidade). Lá, seriam dois andares comerciais, tendo o clube a opção de permanecer no local, além da construção também de uma torre residencial.

A reportagem apurou que ambos estão em fase preliminar e que ainda precisam da aprovação do Conselho Deliberativo para que saiam do papel.

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