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Felipão e Ney Franco entram na Justiça após calote do Cruzeiro

Felipão e Ney Franco aumentam lista de processos contra o Cruzeiro na Justiça do Trabalho - Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Felipão e Ney Franco aumentam lista de processos contra o Cruzeiro na Justiça do Trabalho Imagem: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Guilherme Piu e Jeremias Wernek

Do UOL, em Belo Horizonte e Porto Alegre

04/08/2021 14h22

O Cruzeiro acumula 186 processos ativos na Justiça do Trabalho sendo que 55 desses foram ajuizados em 2021. Dentre as ações mais recentes estão as que dizem respeito a dois treinadores que passaram pela Raposa no ano passado: Ney Franco e Luiz Felipe Scolari.

A dupla, após levar calote do Cruzeiro, busca receber por meio das vias judiciais o que o clube já deveria ter pago, já sob a gestão atual. Em uma conta global a dívida celeste está próxima de R$ 1 bilhão.

O processo de Luiz Felipe Scolari está sob segredo de Justiça, e os pedidos do treinador ainda não se tornaram públicos. Porém, uma fonte revelou ao UOL Esporte que Felipão aceitou na época de sua saída um acordo para receber o que o Cruzeiro lhe devia. E esse combinado apontava para que a dívida fosse paga em dezenas de parcelas. Entretanto, nenhuma prestação foi quitada.

O treinador, ainda segundo essa fonte, esperou até o último momento para seguir o caminho judicial. Felipão recebeu apenas um dos quatro salários que o clube ficou devendo. E justamente esse montante que ficou pendente é que foi parcelado em dezenas de prestações, mas sem que a atual diretoria honrasse com as parcelas.

Luiz Felipe Scolari permaneceu no Cruzeiro de outubro de 2020 a janeiro de 2021. O treinador dirigiu a equipe por 21 partidas na Série B, com nove vitórias, oito empates e quatro derrotas.

Outro processo

O outro treinador que buscou a Justiça foi Ney Franco, que cobra, entre salários devidos, verbas rescisórias, não recolhimento de FGTS e multas, R$ 636.594,87.

Ney Franco ficou no Cruzeiro por pouco mais de um mês — 34 dias — e havia feito, segundo informado à Justiça, acordo rescisório para receber R$ 323.452,73 em dez parcelas. Assim como aconteceu com Felipão, nenhuma das prestações foi paga.

Os advogados de Ney Franco pedem na ação o fim do acordo, já que o mesmo não foi honrado pelo Cruzeiro, e o pagamento da dívida, que se divide da seguinte forma:R$ 265.679,78 por verbas rescisórias e cláusula compensatória desportiva; R$ 108 mil pelo salário do mês de setembro de 2020; R$ 14.716,80 de FGTS não recolhido; multa pelas Consolidações das Leis do Trabalho no valor de R$ 108 mil e R$ 140.198,29 também por multa de acordo com artigo da CLT.

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