Superávit do Palmeiras reafirma política de contenção de Galiotte e Barros

O Palmeiras teve um superávit de R$ 16,7 milhões no mês de maio. Dentro do que é possível por conta da pandemia, isso demonstra que o clube está se mantendo financeiramente estável em uma inevitável queda.

Na prática, tudo segue como já está. A torcida não deve esperar por contratações, o que já está mais do que claro. Não que isso possa ser ponto de queixa no momento, especificamente. O número também demonstra, com todas as críticas pertinentes, que a atual diretoria, dentro da estratégia de Mauricio Galiottee seu financeiro, encampada no futebol por Anderson Barros, está conseguindo manter a cabeça do clube fora d'água.

O documento foi aprovado por 15 votos a favor e uma abstenção. Não houve moções em contrário. De janeiro a maio, o superávit acumulado pelo Palmeiras é de R$ 67,3 milhões, puxado pelas cotas de participação na Copa Libertadores: US$ 1 milhão por jogo (R$ 5,2 milhões) na fase de grupos, mais US$ 1,05 milhão pela vaga nas oitavas.

A ida às quartas será refletida no balancete que será apresentado em agosto, e renderá mais R$ 1,5 milhão. Nele, também haverá ao menos algum valor residual referente às negociações que acontecem atualmente com Viña e Piquerez, além da de Jorge e Matheus Fernandes, já concluídas.

O que não permite que o clube respire aliviado é o Allianz Parque fechado para o público. Não tê-lo em funcionamento é um "prejuízo" alto para o clube —bem como o programa de sócio-torcedor, que encolheu ao longo do período. Sem perspectiva de algo de concreto ocorra num curto prazo fora do negacionismo, essa será uma perda com a qual o Palmeiras terá de lidar por mais um tempo. E o garrote vai continuar apertado pelos lados da Vila Pompeia.