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Cruzeiro 'libera' Felipe Conceição após notificação da Justiça e da CNRD

Felipe Conceição, agora no Remo, foi à Justiça para ser liberado burocraticamente pelo Cruzeiro - Samara Miranda/Remo
Felipe Conceição, agora no Remo, foi à Justiça para ser liberado burocraticamente pelo Cruzeiro Imagem: Samara Miranda/Remo

Do UOL, em Belo Horizonte

07/07/2021 14h07

O técnico Felipe Conceição, enfim, está liberado para ser inscrito no Remo, o seu novo clube. A documentação rescisória do treinador com sua antiga equipe, o Cruzeiro, foi publicada hoje (7) no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após o profissional expor problema com a Raposa, entrar na Justiça do Trabalho e acionar à Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD).

Ontem (6) o Cruzeiro havia recebido intimação da justiça trabalhista para desvincular Felipe Conceição do quadro de funcionários do clube em 24h. E que se não promovesse tal medida poderia sofrer penalidade de multa diária no valor de R$ 50 mil. Pressionado, portanto, o clube procedeu com a rescisão oficial no sistema da CBF, com publicação feita às 11h40, nesta quarta-feira.

O caso

O técnico Felipe Conceição, que deixou o Cruzeiro no dia 9 de junho após a eliminação da Raposa na Copa do Brasil — nos pênaltis para a Juazeirense —, acionou a Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD) nesta semana sob a alegação de que a diretoria celeste mentiu ao dizer que a rescisão entre as partes foi "em comum acordo" ao desliga-lo do cargo.

Anunciado pelo Remo, que assim como o Cruzeiro disputa à Série B do Campeonato Brasileiro, Conceição não conseguia ter o seu nome inscrito no BID no clube de Belém por ainda estar vinculado burocraticamente à equipe mineira. O treinador não aceitou assinar sua rescisão sob alegação de que a mesma não aconteceu em comum acordo, como a diretoria azul divulgou. Para o treinador, isso "não condizia com a realidade".

Felipe Conceição, por meio do documento dos advogados, insinuou que o Cruzeiro tentou burlar o novo regramento da CBF, que limita a troca de treinadores durante o Campeonato Brasileiro. A entidade que regula o esporte no país determina que a partir de 2021 só é permitida uma única demissão de treinadores sem justa por parte dos clubes durante a competição. Uma "rescisão amigável" não entraria nessa nova regra e o clube continuaria "zerado" na contagem das demissões.

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