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L. Fabiano diz que gol de Adriano evitou confusão em final: 'Ia ficar feio'

Kléberson, Mancini, Luis Fabiano e Adriano comemoram gol da seleção brasileira na Copa América de 2004 - Reuters
Kléberson, Mancini, Luis Fabiano e Adriano comemoram gol da seleção brasileira na Copa América de 2004 Imagem: Reuters

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/06/2021 11h00

Luís Fabiano, campeão da Copa América de 2004 com a seleção brasileira, revelou que a provocação dos argentinos nos minutos finais da decisão desta competição o incomodou bastante. O ex-jogador afirmou que o gol de Adriano evitou que "o negócio ficasse feio" após o apito final.

"Uma final emocionante. A gente estava perdendo até os minutos finais. Em um lance de luta, raça, determinação, saiu o gol do Adriano. Foi um lance meio estranho, eu quase dei com o pé na cara do Coloccini e a bola sobrou para o Adriano fazer o gol", disse em entrevista à Band News FM.

"Minutos antes, eu e o Adriano já estávamos combinando de mostrar que a Argentina poderia ganhar, mas que tinha que respeitar, sem fazer palhaçada, senão o negócio ia ficar feio. Mas a gente fez o gol. Ali, a Argentina desabou, não esperava. Eu ia bater o quinto pênalti e nem precisei. Foi 4 a 1 nos pênaltis. Eles erraram 3 e a gente fez todos", continuou.

Falta de 9 na seleção

Na opinião de Luís Fabiano, faltam bons centroavantes no futebol brasileiro hoje e, por isso, Tite tem optado por formações sem o camisa 9 tradicional. O ex-atacante avaliou que este é um problema que vem das categorias de base, mas não soube explicar o motivo do 'sumiço' desse tipo de jogador.

"O futebol moderno busca alternativas. A gente vê muitos esquemas com falso nove. E eu acho que é por falta de opção. Está faltando o atacante, o 9, e o atacante acaba improvisando esquemas para tentar suprir isso. Acho que se tivesse opção, a seleção jogaria com o 9 porque é a tradição", declarou.

"Hoje eu não vejo muita opção, os jogadores gostam mais de jogar pela beirada. Poucos jogadores estão dispostos a ser centroavantes. Até na base é difícil ver centroavantes de ofício. Eu não sei o que está acontecendo, se querem imitar Neymar, Cristiano Ronaldo e não querer jogar de costas, ou se é só uma falta de jogadores mesmo. Na minha geração tinha tanto: Evair, Luizão, Romário, Ronaldo, Oséas, Kleber Pereira, Washington. Sobrava atacante. Hoje em dia, a gente vê o Pedro, o Pablo, Fred. Ricardo Oliveira. Tem alguns experientes que sobraram", finalizou.