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Hoje no Sport, Jair Ventura ajudou início de Vitinho, 'xodó' de Ceni no Fla

Rogério Ceni, técnico do Flamengo, dá instruções a Vitinho; Jair comanda o Sport - Fotos de André Mourão/Foto FC/UOL e Marcello Zambrana/AGIF
Rogério Ceni, técnico do Flamengo, dá instruções a Vitinho; Jair comanda o Sport Imagem: Fotos de André Mourão/Foto FC/UOL e Marcello Zambrana/AGIF

Alexandre Araújo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

31/01/2021 04h00

Contratado em 2018, Vitinho ainda luta para cair nas graças da torcida do Flamengo, mas recuperou espaço e se tornou quase que um xodó do técnico Rogério Ceni. E neste contexto, amanhã (1), na Ilha do Retiro, o atacante vai ter do outro lado Jair Ventura, hoje comandante do Sport e que foi personagem essencial para que o camisa 11 rubro-negro conseguisse engrenar no início da carreira, ainda no Botafogo.

Vitinho chegou a General Severiano em 2011, após negociação junto ao Audax Rio, para a base e logo chamou a atenção. Em janeiro do ano seguinte, foi promovido, sob grande expectativa, para fazer a pré-temporada com o elenco profissional, mas teve uma lesão no pé direito e viu as chances com o então treinador Oswaldo de Oliveira serem escassas. Desta forma, voltou para o sub-20, onde encontrou Jair Ventura, que ajudou o jogador a se transformar para engrenar no grupo principal.

Depois deste período, os dois "subiram" quase juntos: no momento em que o atacante foi chamado para integrar o elenco principal, Ventura se tornou auxiliar-técnico.

"Um jogador diferenciado desde sempre. Ambidestro mesmo, bate falta e escanteio com as duas pernas da mesma maneira. Muita qualidade técnica e habilidade. Tínhamos um grande time em 2012. Fomos campeões juntos na base. O time tinha Gilberto, hoje no Benfica, e Sassá. Mesmo assim, ele sempre foi um dos destaques", lembra, ao UOL Esporte, Jair Ventura, que completa:

"Subimos para o profissional praticamente juntos em 2013. Tive o prazer de ter sido o último treinador dele na base. Fico feliz por tudo que ele vem conquistando".

Um dos principais nomes do grupo daquela temporada, o atacante chamou a atenção do mercado e o Botafogo buscou uma renovação, mas as propostas não agradaram. Quando a diretoria tentou uma última cartada, já era tarde. O CSKA, da Rússia, pagou a multa rescisória de 10 milhões de euros, R$ 31,6 milhões na ocasião, e levou o jogador.

Em julho de 2018, Vitinho voltava ao Rio de Janeiro, desta vez para vestir a camisa do Flamengo e com a missão de substituir Vinicius Júnior, que havia saído rumo ao Real Madrid, da Espanha. A transação com os russos envolveu 10 milhões de euros, o que era cerca de R$ 53,9 milhões, se tornando a maior contratação do Rubro-Negro até aquele momento. O camisa 11, porém, nunca conseguiu engrenar e, até hoje, oscila. Desde a chegada de Ceni, no entanto, vem conseguindo uma sequência maior de jogos.

Em 16 partidas até aqui, atuou em 15, sendo titular em cinco oportunidades. Ao todo, foram 125 partidas e 15 gols. Após a vitória por 4 a 1 sobre o Santos, no ano passado, o comandante indicou os motivos da predileção pelo jogador.

"O Vitinho é um jogador que eu gosto bastante, de intensidade, é ambidestro. Sei que sempre tem reclamações, mas é um jogador que deveria ser mais abraçado pelo torcedor porque ele tem capacidade de jogar no Flamengo", disse, na ocasião.

Uma vitória do Rubro-Negro sobre o Sport se torna essencial para pressionar ainda mais o líder Internacional na briga pelo título. Já para o Leão, o triunfo é importante para se afastar da zona de rebaixamento.