Topo

Libertadores - 2020

Bruno Covas explica presença em final da Libertadores e critica 'lacração'

Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo, marcou presença no Maracanã na torcida pelo Santos - UOL
Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo, marcou presença no Maracanã na torcida pelo Santos Imagem: UOL

Do UOL, em São Paulo

31/01/2021 14h40

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, divulgou hoje nas redes sociais um texto para justificar a presença na partida Palmeiras x Santos, que um dia antes decidiu a Copa Libertadores da América 2020 no Maracanã. O time alviverde conquistou o título ao vencer por 1 a 0.

A ida do prefeito no estádio gerou críticas diante das medidas de isolamento referentes à pandemia do novo coronavírus. Até ontem, segundo Boletim Epidemiológico divulgado pela Prefeitura, a cidade de São Paulo registrara 564.719 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, com 17.277 óbitos.

Além disso, em outubro de 2019, Covas foi diagnosticado com um câncer na cárdia, região localizada entre o esôfago e estômago.

Hoje, em sua conta no Instagram, o prefeito paulistano explicou que foi ao Rio de Janeiro em licença não remunerada e que respeitou as medidas sanitárias determinadas pelas autoridades do Rio de Janeiro. Além disso, reclamou do que chamou de "lacração da internet" e defendeu o direito de passar tempo com o filho.

"Depois de 24 sessões de radioterapia, meus médicos me recomendaram dez dias de licença para recuperar as energias. Isso foi até a última quinta (28). Resolvi tirar mais três dias de licença não remunerada para aproveitar uns dias com meu filho. Fomos ver a final da Libertadores da América no Maracanã, um sonho nosso. Respeitamos todas as normas de segurança determinadas pelas autoridades sanitárias do Rio de Janeiro", escreveu.

"Mas a lacração da internet resolveu pegar pesado. Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu. É usufruir de um pequeno prazer da vida", acrescentou.

"A hipocrisia generalizada que virou nossa sociedade resolveu me julgar como se eu tivesse feito algo ilegal. Todos dentro do estádio poderiam estar lá. Menos eu. Quando decidi ir ao jogo tinha ciência que sofreria críticas. Mas se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila", encerrou.

De acordo com dados divulgados ontem pelo Sistema de Monitoramento Inteligente, do Governo de São Paulo, a capital paulista registrou índice de 38% de isolamento social na última sexta-feira (29). A partir de amanhã (1º), a Prefeitura paulistana realização blitzes educativas contra a covid-19 em diversos endereços da cidade.

Segundo a Prefeitura, "as intervenções possibilitam a exibição de mensagens por profissionais de saúde aos motoristas, lembrando sobre as medidas essenciais para prevenir a disseminação da doença".