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Copa do Brasil - 2020

Flu joga mal, mas vence Dragão com gol contra e sai na frente na Copa do BR

Fluminense venceu o Atlético-GO com gol contra e saiu na frente na Copa do Brasil - Lucas Merçon/Fluminense FC
Fluminense venceu o Atlético-GO com gol contra e saiu na frente na Copa do Brasil Imagem: Lucas Merçon/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

16/09/2020 23h27

O Fluminense não jogou bem, mas contou com uma boa dose de sorte para sair na frente no confronto pela quarta fase da Copa do Brasil. O gol contra de João Vítor deu a vitória ao Tricolor por 1 a 0 sobre o Atlético-GO no Maracanã.

O jogo da volta será na quinta (24), às 20h, no Estádio Olímpico, em Goiânia. A vitória dá a vantagem do empate ao Flu. Para chegar às oitavas de final, o Dragão precisará vencer por dois gols de vantagem — vitória simples leva a disputa aos pênaltis.

Antes, o Flu tem compromisso importante pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Sport, na Ilha do Retiro, domingo, às 20h30. Já o Dragão enfrenta o Atlético-MG, em casa, no sábado, às 19h.

Mesmo improvisado, Luiz Henrique é o melhor do Flu

Na atuação abaixo do que pode o time de Odair Hellmann, um improvisado mostrou que merece a vaga no time — mas não onde foi escalado. Escalado como falso 9, o jovem Luiz Henrique foi o jogador mais perigoso do ataque do Fluminense, ainda que tenha aparecido bem justamente quando saía da posição que o técnico o colocou em campo. Quando saía da referência, criava as melhores chances do Tricolor cruzando o campo e arrastando a marcação com dribles curtos.

Apesar de improvisado, Luiz Henrique foi bem pelo Fluminense contra o Atlético-GO - Lucas Mercon/Fluminense FC - Lucas Mercon/Fluminense FC
Apesar de improvisado, Luiz Henrique foi bem pelo Fluminense contra o Atlético-GO
Imagem: Lucas Mercon/Fluminense FC

Wellington Silva e Hudson vão mal em chance no time

Dois jogadores que voltaram a receber chance no time titular foram especialmente mal na atuação ruim do Fluminense no Maracanã. O volante Hudson seguiu no meio-campo por causa da pubalgia de Yuri, mas errou muitos passes e tornou a recomposição muito lenta — cedendo contra-ataques valiosos ao Dragão, que não soube aproveitar. Já Wellington Silva seguiu no ataque, mas não repetiu as atuações que lhe mereceram o retorno ao onze inicial: errou muitos passes, não apareceu na área e nem mesmo com o drible, seu cartão de visitas.

Flu sofre sem referência e só chega na bola parada

Depois de perder Evanílson, vendido ao Porto, e ainda sem Fred, que teve um resultado positivo para o teste de coronavírus, o Flu entrou em campo com mais uma tentativa de Odair Hellmann para o ataque: o ponta Luiz Henrique foi utilizado como falso 9. Sem referência, entretanto, o Tricolor não se encontrou em campo. Nenê se ressentiu de um jogador abrindo espaços, Michel Araújo não funcionou na ponta esquerda e a equipe criava muito pouco — também pelos constantes erros de passe de Hudson, Wellington Silva, Egídio e Calegari.

Assim, só a bola parada fez o Fluminense incomodar o Atlético-GO no primeiro tempo. Aos quatro, Nino subiu mais que a zaga mas cabeceou no meio do gol para defesa fácil de Jean. Aos 38, Nenê cobrou falta buscando o ângulo, obrigando o goleiro do Dragão a fazer grande defesa. Na construção de jogadas, muito pouco: aos 10, Luiz Henrique deu uma casquinha que Wellington Silva finalizou para fora, no susto. O jovem ainda criou a melhor chance do Tricolor, aos 35, saindo da área, cruzando o campo com um passe para Egídio e aproveitando o rebote na área para chutar de bate-pronto e acertar a cabeça de João Vitor.

Odair mexe no ataque, mas time cria pouco

O Flu voltou para o segundo tempo com Marcos Paulo na vaga do uruguaio Michel Araújo, que não repetiu suas melhores atuações. Mas o treinador não mexeu na estrutura da equipe: o camisa 11 entrou na ponta-esquerda, e Luiz Henrique seguiu como falso 9. Sem nada de diferente taticamente, era difícil surpreender o Atlético-GO, e a equipe seguiu criando muito pouco.

Ganso e Marcos Paulo entram bem e time melhora

Por isso, aos 15, Odair Hellmann voltou a mudar. O técnico sacou Nenê e Wellington Silva para as entradas de Ganso e Miguel. O time, pelo menos, ocupou mais o campo de ataque e o último terço, mas ainda pecava no passe decisivo. Se encantou no começo do ano, o meia, joia de Xerém, sentiu o peso da falta de ritmo e errou quase tudo. Em compensação, Ganso entrou bem: se movimentando e indo até o campo de defesa iniciar as jogadas, o camisa 10 fez a equipe circular melhor a bola e ficar mais veloz. Com ele em campo, Marcos Paulo passou a flutuar mais na frente. Solto, o camisa 11 cresceu e passou a criar bastante — o que fez o Flu terminar o jogo melhor do que começou.

Gol contra premia insistência

A atuação do Flu, de todo jeito, não era boa, até que, aos 31, em seu último lance, Luiz Henrique descolou um escanteio antes de cair na linha de fundo com cãimbras — Yago Felipe o substituiu. Na cobrança, Egídio colocou na área e João Vitor desviou contra o próprio patrimônio, dando vantagem ao Tricolor no Maracanã.

FICHA TÉCNICA


FLUMINENSE 1x0 ATLÉTICO-GO


Data/Hora: 16/09/2020, às 21h30
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e Jose Reinaldo Nascimento Junior (DF)
Gol: João Victor (contra) (31'/2ºT).

FLUMINENSE: Muriel; Calegari, Nino, Luccas Claro, Egídio; Hudson, Dodi (André), Nenê (Ganso); Michel Araújo (Marcos Paulo), Luiz Henrique (Yago Felipe) e Wellington Silva (Miguel). Técnico: Odair Hellmann.

ATLÉTICO-GO: Jean; Dudu (Gilvan), João Victor, Eder e Natanael; Edson, Oliveira (Matheus Frizzo), Janderson (Hyuri), Chico (Matheus Vargas), Gustavo Ferrareis (Matheuzinho); Renato Kayzer. Técnico: Vagner Mancini.