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Revanche de Gnabry: artilheiro da Rio-2016 cresce e revê Neymar em final

Gnabry (à direita) celebra gol marcado na vitória do Bayern; time alemão busca sexto título da Champions - Reprodução/Bayern Munique twitter
Gnabry (à direita) celebra gol marcado na vitória do Bayern; time alemão busca sexto título da Champions Imagem: Reprodução/Bayern Munique twitter

Do UOL, em São Paulo

20/08/2020 04h00

A final da Liga dos Campeões entre Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, no próximo domingo (23), às 16h (horário de Brasília), em Lisboa, marcará também o reencontro entre Neymar e Gnabry. Adversários há quatro anos, com vitória do brasileiro na decisão da Olimpíada do Rio, eles buscam agora o topo da Europa.

O novo embate acontecerá em circunstâncias distintas. O meia-atacante alemão de 25 anos, autor de dois gols na vitória do Bayern sobre o Lyon e artilheiro dos Jogos do Rio, ganhou uma projeção que o coloca entre as principais nomes do Bayern de Munique, time que venceu todos os dez jogos da Liga das Campeões, com direito a massacres sobre Tottenham e Barcelona.

Gnabry é o segundo maior artilheiro do Bayern no torneio, com nove gols, atrás apenas de Lewandowski, com 15 — Neymar soma três, embora tenha quatro assistências, contra uma do alemão.

A melhor fase de Gnabry no Bayern acontece três anos depois de ser contratado pelo clube. Foi a partir do acerto que ele encontrou estabilidade na carreira e momentos de protagonismo, como o de ontem, em que foi escolhido o melhor jogador da partida.

A chegada de Gnabry ao Bayern coincide com o acerto de Neymar com o PSG, em meados de 2017. Três anos mais velho que o alemão, Neymar já tinha uma Liga dos Campeões antes mesmo do duelo na final olímpica. Um ano antes, foi um dos protagonistas do título do Barcelona, com direito a gol na final contra a Juventus.

Neymar - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Neymar é o maior nome do PSG, finalista da Liga dos Campeões pela primeira vez em sua história
Imagem: Reprodução/Instagram

A carreira de Gnabry, em contrapartida, ainda não havia decolado. Revelado pelo Arsenal e sem espaço no time de Arsène Wenger depois da estreia entre os profissionais, o meia-atacante foi emprestado ao West Bromwich, mas logo foi vendido ao Werder Bremen, no retorno à Alemanha. Na primeira temporada, em 2016/2017, disputou 27 jogos e marcou 11 gols.

A boa passagem o tornou alvo do Bayern de Munique. O clube, porém, decidiu emprestá-lo ao Hoffenheim, onde Gnabry mostrou mais uma vez um bom desempenho como artilheiro. Foram dez gols em 26 duelos. De volta ao Bayern, Gnabry conseguiu ser ainda mais efetivo. Na temporada passada, alcançou a marca de 13 gols em 42 partidas. Na atual, soma 23 gols em 45 jogos, com média superior a 0,5 por confronto.

A veia artilheira já tinha sido mostrada durante os Jogos do Rio. No torneio olímpico, Gnabry marcou seis gols e terminou como maior goleador, ao lado do companheiro Petersen. Neymar, por sua vez, foi às redes em quatro oportunidades, incluindo uma na final, de falta.

A medalha de ouro foi decidida nos pênaltis, depois de um empate por 1 a 1. Gnabry acertou seu chute, o segundo dos alemães. Já Neymar converteu o último do Brasil, responsável pelo triunfo no Maracanã.