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Liga dos Campeões 2019/2020

Como PSG agiu e evitou que Neymar fosse parar em um Barcelona fragilizado

Neymar comemora classificação do PSG à final da Liga dos Campeões - Manu Fernandez/Pool via Getty Images
Neymar comemora classificação do PSG à final da Liga dos Campeões Imagem: Manu Fernandez/Pool via Getty Images

João Henrique Marques

Colaboração para o UOL, em Lisboa

19/08/2020 10h49

Há cerca de um ano, Neymar fez o possível para deixar o Paris Saint-Germain e voltar ao Barcelona, acreditando que teria maior sucesso esportivo na Catalunha. Mas hoje o cenário é o oposto: o brasileiro vive o auge dentro de campo, guiando o time francês à final da Liga dos Campeões e justificando o esforço que o clube fez para mantê-lo. Enquanto isso, os espanhóis vivem uma das maiores crises da história da agremiação após a vexatória derrota por 8 a 2 para o Bayern de Munique, pelas quartas de final da competição.

A campanha na Liga dos Campeões transformou Neymar em candidato ao prêmio de melhor jogador do mundo. O brasileiro ainda ajudou o PSG a vencer os outros quatro títulos que disputou na temporada: Campeonato Francês, Copa da França, Copa da Liga Francesa e Supercopa da França. Enquanto isso, o Barcelona amargura 12 meses sem títulos, algo raro em sua história recente.

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O clube catalão anunciou hoje (19) a contratação do treinador holandês Ronald Koeman, dando início a um projeto de reestruturação do elenco. O nome de Neymar segue como prioridade para os dirigentes do Barcelona, assim como a manutenção de Lionel Messi, mas o momento vivido no PSG atualmente já não faz mais mais o brasileiro pensar em voltar.

No ano passado, Neymar fez apelo aos dirigentes do clube parisiense, faltou a treinos, foi afastado do grupo e sequer apareceu em seu camarote para jogos no Parque dos Príncipes enquanto tentava se transferir para o Barcelona. O brasileiro não se sentia parte do elenco do PSG para a temporada e nem queria ser. Mas, em pouco tempo, o ambiente virou a seu favor.

Após ouvir o "não" oficial do PSG ao Barcelona, Neymar passou a se concentrar apenas em jogar futebol. "Deixei claro que queria sair, mas hoje sou jogador do PSG e prometo dar tudo em campo, cumprir o meu papel e ser feliz dentro de campo. Não preciso que gritem meu nome e nem que estejam ali por mim. E, sim, pelo PSG", disse o astro, ao ouvir protestos de Ultras do clube francês quando retornou aos gramados.

Ao manter Neymar e rechaçar o Barcelona, o PSG apostava no sucesso esportivo do Neymar dentro de campo. Mas o que surpreendeu a diretoria é a euforia vivida pelo brasileiro fora dele. Enfim livre das lesões no pé direito, o brasileiro se fechou com o elenco, enchendo o vestiário de confiança.

O PSG trabalha com a possibilidade de renovar o contrato de Neymar, mas evita pressão. O cenário de satisfação do brasileiro anima a diretoria, que se planeja para ter caixa para bonificações e aumento para o brasileiro e para Kylian Mbappé. Thiago Silva e Edinson Cavani, donos do terceiro e quatro maiores salários do elenco na temporada, não estão mais nos planos.

Mas ainda há um certo receio de Neymar de estar amarrado em um clube que já se demonstrou disposto a fazer valer o contrato sem multa rescisória. Pai e empresário do camisa 10, Neymar da Silva Santos quer que o jogador tenha o direito de escolher onde jogar aos 30 anos de idade. Assim, planeja esperar oo fim do vínculo com o PSG, válido até junho de 2022.

Quem convive com Neymar afirma que voltar ao Barcelona ainda é algo que passa por sua cabeça. O amigo Messi o único que faz o brasileiro ao menos pensar na possibilidade. No entanto, após um ano, nem mesmo o argentino está garantido no clube catalão.

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