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B. Henrique torce para Jesus ficar no Fla, mas indica: 'decisão particular'

Bruno Henrique, do Flamengo, concede entrevista no Ninho do Urubu - Alexandre Vidal/Flamengo
Bruno Henrique, do Flamengo, concede entrevista no Ninho do Urubu Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

07/07/2020 13h17

Na véspera da final da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca, um assunto ronda o Flamengo: uma possível saída do técnico Jorge Jesus para o Benfica, de Portugal. Questionado, o atacante Bruno Henrique garantiu que o elenco torce pela permanência, mas salientou que despedidas podem acontecer e que a decisão caberia apenas ao treinador.

"É uma decisão particular do Mister. A gente sabe que o futebol envolve muitas coisas e ele é o nosso comandante. Queremos que ele fique, sabemos o quanto ele é importante para nós. Mas acontece que todo mundo tem hora que tem de saber o que é melhor para si e família. Às vezes, se muda de emprego e com ele não é diferente, mas deixa o Mister decidir", disse.

"Não comentou nada com a gente. Se chegou essa proposta para ele ou não, o assunto é de responsabilidade dele e da diretoria. Silêncio... Mister é muito comunicativo. A gente sempre brinca com ele e ele com a gente. Sempre deixou claro qual desejo dele. Particularmente, não vejo silêncio dele. Vemos ele bem animado e contente com tudo", completou.

Bruno Henrique ressaltou que tal pauta não afeta o grupo antes do clássico com o Fluminense, que acontece amanhã (8), no Maracanã.

"Esta saindo muita coisa, pelo que estou vendo, mas não afeta nada. O Mister é um cara bem centrado. Cabe a ele olhar o que for melhor para ele e família, mas tenho certeza que está muito à vontade", afirmou.

Caso o Flamengo vença o time tricolor, será campeão da Taça Rio e também do Estadual do Rio. Com isso, poderá ficar um mês sem compromissos até o início do Campeonato Brasileiro, marcado, inicialmente, para 9 de agosto.

"Vai ser bem difícil. Retomamos com todos os cuidados os treinos e jogos. Se isso acontecer. ficar parado um mês novamente, acho que será bem ruim. Nunca tinha ficado tanto tempo, mas temos de saber lidar com a situação que estava vivendo. Situação complicada, com várias mortes no mundo inteiro".

Veja outros tópicos da entrevista:

Gabigol em fase garçom

"A gente movimenta bastante ali na frente. Eu, Gabriel, Everton, Arrascaeta... A possibilidade de todo mundo fazer gol é bem grande. Neste recomeço, o Gabriel tem sido garçom. Tem uma visão incrível. Nas movimentações, sempre vão pegar alguém em vantagem. Pude ser esse cara [no último jogo], que essa parceria continue, dando assistências e fazendo gol".

Rei dos clássicos

"Todo jogador grande aparece nesses jogos grandes, e comigo não é diferente. Quando vou jogar um jogo grande, sempre me motivo mais. Espero poder fazer um grande jogo amanhã novamente. O importante é o coletivo da equipe".

Título com estádio sem torcida

"Não parei para pensar, mas se tratando de título, o fator torcedor nos motiva mais. É uma final, um Fla x Flu não ter o torcedor... Será um jogo diferente, mas a pegada e motivação serão as mesmas. Se ganharmos, será ruim não poder comemorar com o torcedor, mas o importante é fazermos um grande jogo".

Briga por artilharia do Novo Maracanã

"É uma marca importante ser um dos artilheiros do Novo Maracanã. Espero que essa marca individual fique com o Flamengo [briga com Gabigol e Fred] e o título também. O Gabriel tem seis [gol] a mais que eu, será difícil, mas o Fred [com um a mais] dá para igualar e passar".

Briga com Gabigol por artilharia do Carioca

"Por incrível que pareça, não tem [rivalidade]. A gente consegue assimilar isso bem. Ano passado fui eu. Esse ano, Gabriel é um dos artilheiros. Quem tem a ganhar é o Flamengo. Fico feliz de ter o trabalho reconhecido. É continuar trabalhando para ajudar".