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Corinthians pagou R$ 172 milhões à Caixa em dívida da Arena, diz Andrés

Arena Corinthians foi inagurada em maio de 2014 e já recebeu 200 partidas do time alvinegro - divulgação/Corinthians
Arena Corinthians foi inagurada em maio de 2014 e já recebeu 200 partidas do time alvinegro Imagem: divulgação/Corinthians

Do UOL, em São Paulo

07/05/2020 18h25

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse ontem (6) que o clube pagou R$ 172 milhões à Caixa Econômica Federal. O valor está ligado ao financiamento de R$ 400 milhões para a construção da Arena Corinthians.

De acordo com Andrés, depois de parte do abatimento da dívida, o clube ainda deve mais de R$ 500 milhões ao banco estatal, incluindo os juros acumulados no período.

"Acertando com Odebrecht, vamos nos dedicar 100% à Caixa. Pegamos R$ 400 milhões emprestados com a Caixa, já pagamos R$ 172 milhões. Estamos devendo R$ 500 e poucos milhões", afirmou o dirigente em entrevista à Corinthians TV.

A parcela mensal prevista em contrato é R$ 5,7 milhões. O Corinthians, há tempos, negocia com a Caixa a redução desse valor. Diante da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, haverá novas conversas.

"Essa conta não está muito bem, juros muito alto. Não tem público, renda, pagamento. Senta na mesa e faz um grande acordo para a Caixa tentar receber e a gente pagar aquilo que a gente pode", disse Andrés.

Desde a inauguração da arena, em maio de 2014, o Corinthians não conta mais com receita de bilheteria. O lucro líquido do estádio é destinado a um fundo, que é responsável pelo pagamento das parcelas.

O mandatário anda admitiu que a sua candidatura à presidência do clube no começo de 2018 está ligada ao imbróglio do pagamento do estádio, sobretudo por causa da dívida com a Odebrecht.

"Não tinha a intenção de voltar. Voltei porque era mais fácil para mim, como presidente, resolver o negócio com a construtora. Já estava desde o começo, tinha compromissos assumidos, de fazer a quitação, de fazer o acerto. Esse foi o motivo que voltei nessa gestão. Demorou um pouco mais que eu pensava, achei que ia fazer há acordo há pelo menos oito meses. Atrasou um pouco, mas nas próximas semanas vai estar 100% certo. Realmente dessa vez é a última vez. Não volto mais a ser presidente", afirmou Andrés.

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