FPF e clubes descartam fim do Paulistão e aguardam aval de órgãos médicos
Em reunião virtual realizada na tarde de hoje (15), dirigentes dos clubes da Série A1 e representantes da Federação Paulista de Futebol (FPF) decidiram manter a paralisação do Campeonato Paulista. A ideia é que o desfecho do torneio aconteça no campo, com retomada dos jogos após aval de autoridades médicas.
A medida, que é tomada em meio à pandemia do coronavírus no mundo, é similar à do encontro ocorrido no último dia 16, quando a competição foi suspensa por tempo indeterminado.
"Diante do cenário de Pandemia, não há data para a retomada, que somente será definida em nova videoconferência a ser agendada, seguindo as determinações das autoridades públicas de saúde", disse a FPF em nota.
Por causas do avanço do coronavírus, o torneio foi disputado até a décima rodada. Faltam, dessa forma, seis datas para a conclusão do campeonato: duas da fase de grupos, uma das quartas de final, outra da semifinal e duas da decisão. Os jogos finais estavam marcados para os dias 19 e 26 de abril.
Até a paralisação, o Santo André era o dono da melhor campanha — com 19 pontos em dez jogos, a equipe do ABC supera o Palmeiras no número de vitórias obtidas (seis contra cinco do Alviverde). O São Paulo também estava classificado para as quartas de final, e o Santos liderava o seu grupo. Já o Corinthians estava numa situação complicada, longe da vaga nas quartas de final e até com possibilidade de rebaixamento.
Para tentar convencer os clubes a retomar o torneio, a Federação convidou o médico Moisés Cohen para participar da conferência. Ele seria o responsável por elaborar um protocolo de prevenção contra a transmissão do novo coronavírus em um eventual retorno do Estadual.
Com a decisão, os clubes podem ter os problemas financeiros agravados. Sem a retomada do torneio, as equipes devem ficar sem receber a última parcela dos direitos de transmissão da Rede Globo (que estava prevista para ser paga em abril).
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