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Retranca e jogo duro: o que o Palmeiras espera do carrasco do Corinthians

Cesar Greco/SE Palmeiras
Imagem: Cesar Greco/SE Palmeiras

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

09/03/2020 04h00

O Palmeiras tem hoje (9) seu último dia de preparação antes de enfrentar o Guaraní (PAR) às 21h30 (de Brasília) de amanhã (10). Trata-se do carrasco do rival Corinthians em duas edições da Copa Libertadores, por isso Vanderlei Luxemburgo quer seu time atento e insistente em campo, no que pode ser um jogo de paciência.

O treinador imagina um Guaraní ainda mais defensivo do que foi a Ferroviária no sábado (7), no empate por 1 a 1 pelo Paulistão. "É outro jogo, em uma competição mais dura, e o árbitro deixa o jogo correr mais", comparou o treinador depois daquele jogo. "Eles têm outra característica: a Ferroviária se fechou, mas eles vão jogar um pouco mais pesado, mais duro."

O Guaraní já fez sete partidas nesta edição da Libertadores, e em nenhuma delas teve mais posse de bola do que o adversário. Na estreia contra o San José (BOL), por exemplo, foram apenas 25% de posse, nos jogos contra o Corinthians a média foi de 35% por jogo, e contra o Palestino (CHI) a média foi de 37%. Todos os três foram eliminados nas fases eliminatórias antes dos grupos. Trata-se, portanto, de um time que se vê à vontade ao jogar sem a bola.

O estilo dos paraguaios muda pouco. É um time fechado em linhas, que troca poucos passes e não tem a menor vergonha de fazer faltas: foram em média 19 por jogo nesta Libertadores. Não parece muito empolgante, mas tem sido efetivo, pois a sequência é de seis jogos sem perder.

De modo geral, o adversário dá razão a Luxemburgo, que prevê um jogo de paciência no Allianz Parque. "Sabemos que eles vão jogar por um escanteio, uma falta lateral ou um contragolpe, então vamos ter que ter a paciência de encontrar o melhor momento. Também ter uma marcação mais adiantada, forçar a marcação alta", projeta o treinador palmeirense.

A preocupação tem razão de existir, porque o Palmeiras tem tido grande dificuldade para criar espaço contra uma defesa bem postada. O setor de criação não funcionou bem contra o Tigre (ARG) — apesar da vitória —, e no sábado o time foi muito mais perigoso no contra-ataque do que enfrentando a marcação de frente. Por tudo isso receber o Guaraní promete ser um grande teste.

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