Caso Ronaldinho: diretor de migração do Paraguai renuncia ao cargo
O diretor de migração do Paraguai, Alexis Penayo, renunciou do cargo após Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis terem sido detidos ontem com passaportes falsos. Segundo Euclides Azevedo, ministro do Interior do país, Penayo e sua equipe deveriam ter impedido a entrada do ex-jogador.
Em sua defesa, o ex-diretor afirmou que tem provas de que avisou o ministério do Interior sobre a questão com os documentos de Ronaldinho, mas não recebeu nenhuma resposta. O ministério foi informado que o documento utilizado pelo brasileiro era autêntico ao passar pelas autoridades, e que apenas depois foi alterado, afirmou o ex-diretor.
Conforme relatado pelo jornal ABC, Ronaldinho e seu irmão desembarcaram às 9h05 (horário de Brasília) e passaram pelo Departamento de Migrações. No local, apresentaram documentos falsos. A informação foi repassada a Alexis Penayo, diretor do departamento, que comunicou Euclides Acevedo, ministro do Interior.
"Tenho a prova de que alertei o ministro. Eu o informei, via WhatsApp, que os dados (dos documentos apresentados) não figuravam no sistema (...). Ele não respondeu", disse Penayo, segundo o ABC. "Tenho as provas de que alertei o Ministério do Interior e o diretor de identificações. Enviei as fotos dos passaporte e disse: não figuram no sistema", reforçou.
O ex-camisa 10 recebeu do empresário Wilmondes Sousa Lira, também detido hoje, os documentos após vistoria. Sem veto à entrada, Ronaldinho acabou liberado para entrar no Paraguai, passeando pela capital Assunção com escolta policial.
"Eu informei sobre minhas ações. No entanto, a Polícia o escoltou desde que chegou até altas horas da noite. Escoltaram com base em quê? Por que, se tinham esses dados, não me denunciara e detiveram Ronaldinho?", questionou Penayo.
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