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Com planos de jogar até os 36, Cristiane fala em preparo para se aposentar

Cristiane comemora gol da seleção brasileira sobre a Austrália  - Elsa/Getty Images
Cristiane comemora gol da seleção brasileira sobre a Austrália Imagem: Elsa/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/02/2020 15h04

Maior artilheira olímpica, Cristiane sonha com o ouro em sua provável última participação em torneios internacionais. A atacante estipulou a meta de jogar a última Copa do Mundo, em 2019, e a Olimpíada de 2020 antes de falar em aposentadoria. Aos 34 anos, já traça metas para quando deixar de jogar, incluindo o preparo para continuar atuando no futebol feminino.

"Já pensei em me aposentar no passado, mas coloquei para mim uma meta para dois anos. Queria jogar dois grandes torneios -- a Copa do Mundo no ano passado e a Olimpíada. As coisas podem mudar ao longo do caminho, mas na minha cabeça são os dois últimos torneios (internacionais) da minha carreira. E quero jogar em alto nível nos clubes pelo menos até os 36, ao mesmo tempo em que estudo e realizo cursos. Assim, quando me aposentar do jogo, posso me envolver no futebol feminino fora de campo", afirmou Cris em entrevista ao site da Fifa.

A atacante do Santos fez muitos elogios à técnica da seleção feminina, Pia Sundhage, que assumiu o comando da equipe em julho passado: "Ela tem uma visão tática e física de jogo que é muito importante."

Para Cris, a treinadora Sueca, que acumula duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos à frente dos Estados Unidos e uma de prata pela Suécia, vem criando um ambiente de positiva competitividade entre as atletas.

"A chegada dela teve um impacto muito positivo. Ela mudou tudo no grupo. Nossa postura no dia a dia, nossa postura dos jogos, tudo foi modificado por ela. E existe uma competição interna pela titularidade, o que é muito benéfico. Não temos apenas onze jogadoras, como infelizmente tínhamos no passado. Agora temos ao menos 20", declarou.

A jogadora também pontuou que a treinadora deixa as convocações em aberto: "Pia diz que não vai chamar ninguém só porque esteve na Copa, ou por ser experiente, ou por ser jovem. Toda jogadora tem uma chance honesta. Ninguém está na zona de conforto, mesmo se for uma atleta visada, então todas têm que dar o máximo de si."

Com duas medalhas de prata na Olimpíada, em 2004 e 2008, a seleção feminina sonha com o ouro em 2020. E, para Cristiane, a chegada de Pia tornou o desejo uma possibilidade.

"Ela nos mostra todos os dias que existe chance de ganhar o ouro na Olimpíada. Estamos todas muito empolgadas com tudo o que tem ocorrido. Temos esperança de que finalmente vamos levar o ouro", comentou.