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Após estágio no Corinthians, Paulo Baier reassume time no Paraná

Paulo Baier posa com Fábio Carille durante seu estágio no Corinthians - Arquivo Pessoal
Paulo Baier posa com Fábio Carille durante seu estágio no Corinthians Imagem: Arquivo Pessoal

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/10/2019 04h00

Agora técnico, o ex-meia Paulo Baier passou uma semana em estágio com Fábio Carille no Corinthians antes de reassumir o comando do Toledo, atual vice-campeão paranaense. Será a segunda passagem de Baier pelo clube, que irá disputar o Estadual, a Copa do Brasil e a Série D em 2020, e sua quarta experiência como treinador.

Desde que pendurou as chuteiras em 2016, Baier dirigiu o próprio Toledo, o Brusque (por apenas três jogos) e o Próspera, de Santa Catarina, pelo qual ganhou a terceira divisão estadual. Retorna ao clube em que teve a primeira oportunidade dois anos depois de levá-lo até às quartas de final do Campeonato Paranaense, do qual foi eliminado pelo Athletico - justamente um dos clubes com o qual tem mais identidade, ao lado de Goiás e Criciúma.

Como jogador, Baier também defendeu o Palmeiras. Mas foi no Corinthians que ele encontrou a oportunidade para um estágio de uma semana.

"Foi ótimo, tenho que agradecer ao Corinthians, à diretoria e ao Carille de ter a oportunidade de ficar aí com ele. Logicamente que a gente tira um pouquinho, um detalhezinho que tire deles vai ser muito útil. Passagem boa, o ambiente no Corinthians é muito bom", contou Baier, ao UOL Esporte.

"Para mim, foi uma oportunidade única, gostei muito. A gente vai observando o treinamento, o tratamento de como o Carille vai se dirigir aos jogadores. A gente observou tudo isso, e um pouquinho a gente tira para ter no trabalho", completou.

Sem pressa para deslanchar como treinador

Baier atuou em 15 clubes desde que se profissionalizou em 1995 e, após passagens por Atlético-MG, Vasco e Botafogo, viu a carreira decolar quando deixou de ser Paulo César e virou Paulo Baier no Criciúma, já em 2003. Depois disso, defendeu Palmeiras, Sport, Goiás e o Athletico, clube pelo qual mais atuou. Como técnico, demonstra não ter pressa para entrar na lista de opções dos grandes clubes.

"Meu objetivo é começar devagar, aprendendo. Não gostaria de pegar um clube grande de início. Foi ideia minha começar aos poucos, aperfeiçoando. O dia em que chegar em um time grande, é ficar bastante tempo, essa é a ideia", explicou.

Os dias com Carille deram uma ideia de como o Corinthians pensa futebol, e Baier tem os seus próprios conceitos.

"Tem que ter equilíbrio. Não adianta só defesa ou só ataque. Tem que estar equilibrado, e para isso tem que treinar muito a parte tática. Às vezes tu tem um sistema tático definido e os jogadores não conseguem cumprir. Tudo isso é questão de os jogadores se adaptarem às posições", disse.

As diferenças entre as carreiras explicam um pouco sua ideia.

"Eu joguei 21 anos, você tem um pensamento. Agora como técnico, você tem que lidar com 30 pessoas, todo mundo querendo jogar, querendo oportunidade. Se torna mais difícil. Mas na maioria das vezes nos clubes eu fui capitão, e tenho uma leitura de quem consegue falar com os jogadores e comprar a mesma ideia, especialmente com quem não está jogando, que é importante. E é ambiente bom: tendo ambiente bom, as coisas funcionam da melhor maneira. Encaixa e vai embora", declarou.

Neste ano, o Toledo surpreendeu o Coritiba na final de um dos turnos do Paranaense e ficou com o vice-campeonato estadual, perdendo a decisão para o Athletico. Para 2020, a missão é tentar chegar à Série C e cumprir boas campanhas nas demais competições.

"É a segunda passagem pelo Toledo. Na primeira, foi uma campanha muito boa com os meninos da base. Agora tem uma estrutura diferente, um clube que chegou à final do Paranaense, tem Copa do Brasil, tem Série D, um calendário maior. Já está bem mais estruturado. A responsabilidade aumenta, mas a estrutura melhorou e já ajuda bastante", elogiou.

Neto: Se não fosse o Carille, o Corinthians estaria em 12º

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