Topo

Neymar volta ao PSG em silêncio, mas em paz na seleção brasileira

Neymar no banco de reservas com Daniel Alves e Thiago Silva no amistoso contra o Peru - Kevork Djansezian/AFP
Neymar no banco de reservas com Daniel Alves e Thiago Silva no amistoso contra o Peru Imagem: Kevork Djansezian/AFP

Bruno Grossi

Do UOL, em Los Angeles (EUA)

12/09/2019 04h00

Neymar viajou ontem para se reapresentar ao Paris Saint-Germain, após passar 10 dias com a seleção brasileira nos Estados Unidos. Um período que o ajudou a amenizar a frustração pela transferência fracassada ao Barcelona. Uma paz que tem sido rara em sua carreira nos últimos tempos e que foi provocada por dois fatores: seu desempenho surpreendente e seu silêncio.

Jornalistas franceses e espanhóis, além dos brasileiros, é claro, seguiram seus passos desde a semana passada, de Miami e Los Angeles. Todos à espera de uma declaração sobre o negócio que acabou melando no fim da janela de transferências internacionais. Mas Neymar não foi escalado para nenhuma entrevista coletiva e passou veloz pelas áreas de zona mista.

Nem mesmo o retorno em bom nível contra a Colômbia, na última sexta-feira, o fez mudar de ideia. Eram três meses sem jogar, desde a lesão sofrida no pé direito, a atuação superou as expectativas, mas o astro optou por seguir sem falar. Gostaria de falar sobre a felicidade de voltar a jogar, mas não queria ser bombardeado com perguntas sobre o Barcelona e, sobretudo, sobre o clima que vai encontrar no PSG.

As negociações foram desgastantes. Neymar queria sair e a relação com a diretoria foi ruindo. O clube francês foi duro, bateu o pé e chegou a tirá-lo da rotina do grupo principal. Agora, as partes terão de se acertar. Hoje, ao chegar a Paris, saberá as condições físicas para ser aproveitado ou não contra o Estrasburgo no sábado. Segundo a seleção brasileira, ele está apto para seguir jogando.

Será preciso recuperar a confiança do técnico Thomas Tuchel e do próprio elenco do PSG. Enquanto isso, a seleção pode voltar a ser o porto seguro do craque. Sem polêmicas, sem discussão sobre braçadeira de capitão ou outros assuntos periféricos, Neymar foi personagem só em campo e mostrou disposição para se reerguer.