Flamengo desafia própria história e tenta títulos sem protagonismo da base
Clube que se orgulha de formar seus craques em casa, o Flamengo desafia sua própria história ao tentar levantar títulos importantes nacionais e internacionais sem jogadores da base do clube como protagonistas das conquistas.
Historicamente, o Fla teve sucesso quando as pratas da casa foram importantes dentro de campo. Com tantos astros e jogadores de renome, a presença dos "Garotos do Ninho" em 2019 é mais tímida. Com a venda de Léo Duarte ao Milan-ITA, o time titular é composto por atletas contratados a outros clubes.
Do elenco atual, o zagueiro Thuler, o atacante Lincoln e o goleiro Cesar são os representantes da base que mais jogaram em 2019. Além do trio, o "DNA Rubro-Negro" do grupo conta com os goleiros Gabriel Batista e Hugo Souza, o zagueiro Dantas, os volantes Hugo Moura e Vinícius, o meia Reinier, e os atacantes Lucas Silva e Vitor Gabriel. Nos anos 80, a era de ouro foi capitaneada por Zico e uma equipe feita quase que toda na Gávea. Na conquista do último Brasileiro, em 2009, Adriano foi artilheiro e ídolo.
Ex-diretor do futebol profissional, Carlos Noval assumiu, em junho deste ano, a gerência de transição da base. A ideia é que ele ajude no processo da passagem dos jovens das divisões inferiores para o time de Jorge Jesus.
Após alguns anos de um trabalho desestruturado, o Flamengo voltou a investir na formação. Além de voltar a ter times fortes, a base forneceu talentos e gerou uma quantia financeira considerável aos rubro-negros. Se somadas as negociações de Vinicius Júnior, Lucas Paquetá, Léo Duarte, Jean Lucas, Jorge e Vizeu, o clube embolsou cerca de R$ 300 milhões.
A aposta da vez é Reinier. Com multa de cerca de R$ 320 milhões, o jovem de 17 anos já está às ordens do técnico português. Ante a necessidade de fazer caixa, ele deve puxar a fila de negociações rubro-negras num futuro próximo. A fábrica de talentos segue funcionando no Ninho do Urubu, mas a concorrência com os medalhões é cada vez maior.
A base dos times campeões do Flamengo*
Brasileiro de 80: Raul; Toninho, Manguito, Marinho e Júnior; Andrade, Carpegiani e Zico; Tita, Nunes e Júlio César
Libertadores de 81: Raul, Leandro, Figueiredo, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico
Mundial de 81: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico
Brasileiro de 82: Raul, Leandro, Marinho, Figueiredo e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico
Brasileiro de 83: Raul, Leandro, Figueiredo, Marinho e Júnior; Vítor, Adílio, Élder, Baltazar; Zico, Júlio César
Brasileiro de 87: Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo; Andrade, Ailton e Zico; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho
Copa do Brasil de 90: Zé Carlos, Ailton, Vítor Hugo, Rogério Lourenço e Piá; Uidemar, Júnior, Zinho e Bobô; Renato Gaúcho e Gaúcho
Brasileiro de 92: Gilmar, Charles, Wilson Gottardo, Júnior Baiano e Piá; Uidemar, Júnior, Nélio e Zinho; Júlio César e Gaúcho
Mercosul de 99: Clemer, Maurinho, Célio Silva, Juan e Athirson; Leandro Ávila, Marcelo Rosa, Leonardo Inácio e Caio; Leandro Machado e Reinaldo
Copa do Brasil de 2006: Diego; Renato Silva, Fernando e Rodrigo Arroz; Leonardo Moura, Jônatas, Toró, Renato, Renato Augusto e Juan; Luizão
Brasileiro de 2009: Bruno, Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan; Aírton, Maldonado, Willians e Petkovic; Zé Roberto e Adriano.
Copa do Brasil 2013: Felipe, Leonardo Moura, Samir, Wallace e André Santos; Amaral, Luiz Antonio, Elias e Carlos Eduardo; Paulinho e Hernane
* em negrito estão os jogadores com passagem pelas divisões de base do clube
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