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Caso Daniel

Advogado: réu diz que celular fez Edison Brittes mudar desfecho de crime

Karla Torralba e Robery Souza

Do UOL, em São José dos Pinhais e em São Paulo

04/09/2019 16h19Atualizada em 04/09/2019 17h26

Eduardo Henrique da Silva foi o único réu presente na Colônia do Mergulhão no momento do assassinato de Daniel Correa em outubro de 2018 a responder perguntas do Ministério Público, advogados e juíza, hoje (04), durante a audiência de instrução que apura a morte do jogador.

Segundo o advogado de Eduardo Henrique da Silva, o cliente reafirmou a versão que havia dado na delegacia de polícia na fase de inquérito policial de que a intenção dos ocupantes do Veloster preto era "realizar a castração do jogador". "Ninguém tinha interesse de matar. Tinha interesse de maltratar pela prática dele e retratou o que já havia dito na delegacia de polícia. Saíram com interesse, do Brittes também, de fazer a castração do Daniel. A exposição ridicularizando a pessoa dele em resposta ao comportamento abusivo com a esposa. O Brittes também só tinha a intenção de emasculação. Em dado momento é que viu o Brittes viu algo no celular e interrompeu a trajetória numa freada brusca. Ele desce do carro, puxa e corta a garganta do Daniel", disse o advogado Edson Stadler.

Edison Brittes Júnior alegou à polícia que Daniel tentava estuprar sua esposa, Cristiana, e por isso começaram as agressões ao atleta.

Daniel morreu por degola. O corpo foi achado sem roupa e com o órgão genital cortado. Eduardo foi um dos ocupantes do Veloster preto de Edison Brittes que levou Daniel para a morte após espancamento em um "after party" na casa da família. À Justiça, afirmou não saber como o corpo de Daniel foi levado até o local que foi encontrado. .

Em seu interrogatório, Eduardo Henrique da Silva admitiu que bateu em Daniel ainda na casa da família, mas que não matou o jogador. Ele também afirmou que não carregou o corpo já sem vida para o local onde mais tarde foi encontrado já sem vida.

O réu respondeu a todas as questões, diferente do que havia acontecido com os outros ocupantes do Veloster anteriormente. Edison Brittes Júnior ficou totalmente calado, enquanto David Vollero e Ygor King falaram apenas que só participaram das agressões contra Daniel.

Antes dos presos, Allana Brittes e Evellyn Perusso falaram à Justiça. Allana defendeu a mãe Cristiana Brittes, presa, e implicou Eduardo Purkote como um dos agressores de Daniel.

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