Vitória proíbe apelidos no elenco e pede colaboração a atletas e torcida
Se o menino Edson Arantes do Nascimento chegasse ao Barradão nesta semana, o mundo não conheceria Pelé - provavelmente, falaria dos feitos do talentoso Edson Nascimento. Uma determinação da diretoria do Vitória extinguiu os apelidos dos jogadores de seu elenco. Em comunicado espalhado à imprensa, o clube pede a colaboração para que seus jogadores não sejam mais chamados pelos apelidos.
"Foi uma decisão do futebol de substituir apelidos como Potó, Manga e Farinha. O importante foi que os próprios atletas concordaram, mesmo enfatizando que 'tanto faz'", explicou o clube via assessoria de imprensa. A ideia partiu do presidente Paulo Carneiro.
O clube não vê a medida como censura, mas também não acredita que os apelidos atrapalhem de forma pejorativa aos atletas. A questão envolve, de acordo com a assessoria, outras razões.
"Geralmente ocorrem na base e quando chegam ao profissional são mantidos; recentemente, durante um jogo, um garoto nosso gritou vai "Boiada". O repórter que fazia o jogo perguntou quem era Boiada pois não tinha na relação. O dito cujo é David, chamado assim porque é veloz, e os caras correm atrás dele. Potó chegou ao clube com manchas no corpo e quando os companheiros quiseram saber o que tinha acontecido, ele disse que foi picado por Potó - um inseto - e ficou o apelido", explicou o assessor Roque Mendes.
Os primeiros jogadores a "mudarem" a alcunha são os atacantes Ruan Levine (ex-Potó), Matheus Augusto (ex-Manga) e Matheus Santana (ex-Farinha).
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