Mancini vai de questionado a "amuleto" para o São Paulo em Itaquera

Quando ficou decidido que seria Vagner Mancini o responsável a assumir o São Paulo como interino até a chegada de Cuca, o coordenador técnico ficou exposto. Afinal, disse que não pretendia trabalhar como treinador durante a passagem pelo Tricolor, logo que foi apresentado. Foi preciso até dar entrevista coletiva para tentar esclarecer a situação.
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Só que ao mesmo tempo em que virou alvo de reclamações da imprensa e de torcedores, Mancini também apareceu como uma espécie de "amuleto", como ele mesmo definiu em uma de suas declarações. Isso porque carrega um retrospecto razoável contra o Corinthians em Itaquera, inclusive com um triunfo pelo Vitória, enquanto o São Paulo tem apenas três empates e seis derrotas nas vezes em que atuou na Arena.
Amanhã, haverá mais uma chance para os tricolores quebrarem o tabu. O Majestoso da sétima rodada do Campeonato Paulista está marcado para as 19h e será o primeiro compromisso de Mancini. O trabalho como interino será realizado enquanto durar a campanha são-paulina no Estadual. E começar tudo com uma vitória em um clássico é tudo o que o coordenador técnico deseja.
"Eu estava pensando o que seria ideal. Estrear em um jogo mais fácil em casa ou em um clássico. Infelizmente não temos como escolher, temos que enfrentar a situação. Mas precisamos de coragem para enfrentar. Assim como todos nós estamos assumindo riscos, o time tem que ser corajoso e ir enfrentar o Corinthians, onde nunca venceu. Isso pode resgatar a confiança do time", disse Mancini.
Com o Majestoso de amanhã, ele se tornará o técnico com mais jogos na Arena Corinthians, além é claro daqueles que comandaram o próprio Corinthians, nos quase cinco anos do estádio. Ele está empatado com Dorival Júnior, cada um com seis partidas. Seu retrospecto tem três empates, uma vitória e duas derrotas.
O único triunfo aconteceu em 2017, quando estava à frente do Vitória. O Corinthians liderava o Campeonato Brasileiro com campanha histórica, sem nenhuma derrota no primeiro turno e com invencibilidade acumulada no ano de 34 partidas. Mancini armou retranca, teve apenas 28% de posse de bola, mas viu Santiago Tréllez, que depois iria para o próprio São Paulo - e agora está emprestado ao Internacional - definir o 1 a 0.
Mancini diz saber que esse tipo de dado não é suficiente para garantir um bom resultado agora pelo Tricolor. Mas lembra que antigos feitos e superstições ajudam a construir o futebol. Assim, espera conseguir entregar uma boa estratégia de jogo para os atletas e vê-los acreditando que será possível ganhar em Itaquera.
"Eu acho importante quando o atleta olha e vê alguém acostumado a isso. Muitas vezes, dentro do jogo, quando aperta, o cara olha para o treinador. Ele tem que ver um cara forte, que tenha postura, um cara que o jogador sabe que pode vir uma ideia diferente. Por mais que isso não conte tanto, as pessoas têm seus amuletos no futebol", destacou.
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