Administradora do Mineirão pede bloqueio de R$12 mi nas contas do Cruzeiro
Na última sexta-feira, 1º de fevereiro, a Minas Arena, empresa que administra o estádio Mineirão, entrou com uma ação para bloquear mais de R$12 milhões na conta do Cruzeiro. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a cobrança feita se refere ao não pagamento de custos operacionais de jogos realizados pelo clube no estádio durante as temporadas de 2016 e 2017.
As despesas citadas equivalem a 70% dos custos referentes à limpeza do estádio, fornecimento de água e energia, segurança dos torcedores e o custeio com a força policial. O montante total cobrado é de R$12.085.000 milhões.
No ano passado, as partes chegaram a um acordo para interromper a ação na justiça e fazer um acordo extrajudicial. Em nota divulgada pela Minas Arena, a empresa alega que o Cruzeiro já está ciente do ajuizamento, e a questão já está sendo discutida com o clube, que voltou a pagar parte das despesas desde o ano passado. Por outro lado, a entidade diz que ainda não foi notificada e que irá se pronunciar "quando for ciente de todos os detalhes da ação".
Imbróglio começou após título do Galo
Os problemas de relacionamento entre o Cruzeiro e Minas Arena começaram pouco depois de o rival Atlético-MG ter sido campeão da Libertadores, em julho de 2013. O clube alvinegro não tem contrato para mandar seus jogos no Mineirão, mas usou o estádio para a grande final. Na ocasião, o clube utilizou uma das datas disponíveis pelo governo do estado, e não pagou pelas despesas. Na época, presidido por Gilvan de Pinho Tavares, o Cruzeiro entendeu que o rival foi privilegiado pela Minas Arena, e deixou de pagar as despesas das suas partidas.
Confira, abaixo, a nota divulgada pelo Mineirão:
"Com relação a judicialização da cobrança no último dia 01, o Mineirão informa que o valor se refere ao reembolso de 70% dos custos operacionais das partidas referentes aos anos de 2016 e 2017, tais como segurança, limpeza, brigadistas, dentre outros.
Já estavam ajuizadas as dívidas referentes aos anos de 2013, 2014 e 2015. Reuniões periódicas acontecem com o clube para tratar esta questão.
A diretoria do Cruzeiro já estava ciente deste ajuizamento, pagou parte das despesas do ano de 2018 e conversa com a administração do Mineirão sobre a quitação de 70% dos custos relativos ao ano passado, conforme previsto em contrato.
O Mineirão espera que a questão seja solucionada o mais breve possível e se orgulha de oferecer uma das operações mais eficientes do país, proporcionando excelentes resultados financeiros aos clubes que aqui jogam".
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