Botafogo sofre com penhoras inesperadas e se complica fora de campo
Dentro do ato trabalhista, o Botafogo foi driblado pelas penhoras e viu sua situação fora de campo entrar em momento delicado. O momento é tão complicado que o Alvinegro tenta alguma forma de levantar dinheiro para pagar os salários deste fim de ano, que seriam quitados com a verba da venda de Matheus Fernandes para o Palmeiras.
O problema é que o ato trabalhista, que cria uma fila para os devedores receberem, é válido apenas processos que foram ajuizados até o dia 31 de dezembro de 2014. Assim, qualquer ação trabalhista que tenha ocorrido após essa data não entra nesse grupo, deixando o clube vulnerável.
A data é representativa, pois marcou o fim do mandato de Maurício Assumpção no Botafogo. Após a entrada de Carlos Eduardo Pereira, o clube não obteve nenhum processo trabalhista até o momento já que a diretoria buscou acordos para evitar esse tipo de problema.
A questão é que o clube não conseguiu fazer esses mesmos acordos com profissionais que defenderam o Botafogo anteriormente. Como foi os casos do zagueiro André Bahia e do técnico Oswaldo de Oliveira.
É justamente tal fato que prejudica o Alvinegro, que sofre uma crise financeira e tenta a todo custo pagar os salários do elenco e funcionários. A venda de atletas é o plano principal e tudo caminhava para se resolver.
Matheus Fernandes foi vendido por 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões) ao Palmeiras, que pagaria cerca de R$ 6 milhões à vista ao Botafogo - o restante parcelado ao longo de 2019. Além do volante, o clube está na iminência de vender Igor Rabello ao Atlético-MG por R$ 15 milhões.
O dinheiro de Matheus Fernandes, com negociação já encerrada, seria destinado ao pagamento dos salários atrasados, mas foi penhorado. O Botafogo tentará reverter a decisão na Justiça, mas sofre com o recesso dos tribunais, que retornam no início de janeiro.
Por mais que a decisão seja delicada, o Botafogo não teme perder atletas. Isso porque os salários vencem somente no dia 6 e a expectativa é que tudo será resolvido até lá. Mesmo que o caso não seja resolvido até a data, o Alvinegro pode antecipar o dinheiro com um empréstimo para realizar os pagamentos.
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