Novo CT do City fez Kompany lutar contra falta de moradias em Manchester
Líder do Manchester City dentro de campo, Vincent Kompany espera ajudar a cidade de outra maneira. Em setembro deste ano, o zagueiro belga lançou, ao lado da prefeitura de Manchester, a campanha Tackle4MCR para inspirar mudanças na população local, principalmente na questão da falta de moradias.
"Eu poderia ter escolhido diversos outros tópicos porque não moramos em um mundo perfeito, mas esse é o que senti que deveria colocar sobre meus ombros", declarou o jogador em entrevista ao Manchester Evening News. "Que isso aconteça nessa parte do mundo, que ainda seja possível, é bem vergonhoso. Mas os problemas acontecem, e se nós temos solidariedade suficiente, talvez nós possamos mudar essas coisas para o futuro."
Uma das iniciativas para alavancar a campanha será doar todo o dinheiro arrecadado em uma partida festiva, no próximo ano, para pessoas em situação de rua.
"Eu não tenho nenhuma dúvida de que este é o problema que mais preocupa muitas pessoas em Manchester. Eu sinto isso porque quando anunciei minhas intenções, a quantidade de apoio que recebi foi acima de qualquer coisa que esperava", explicou.
Casado com uma torcedora do clube e moradora da cidade, Kompany contou que passou a perceber este problema específico depois que o City inaugurou o novo local de treinamentos, na zona central da cidade, em 2014. Até então, os jogadores, que em sua maioria moravam nos subúrbios, treinavam em um local fora da cidade.
"Uma coisa é você viver no subúrbio e nunca ver isso, e outra é se você começa a ir para o centro e ver isso todos os dias", afirmou o belga.
"Todos nós estamos muito ligados uns aos outros, não importa o tamanho da desigualdade. Nós vivemos no mesmo ambiente, a mesma área, e se as pessoas querem mudar, elas devem fazer isso", explicou. "Obviamente, eu faço isso pelos que necessitam. Mas eu também faço isso pelas minhas crianças, para que cresçam em uma área onde elas possam se sentir orgulhosas pela forma como as pessoas se comportam."
"Acredito que moramos em um mundo egoísta. Tudo se resume a caras tentando chegar ao topo atacando outros com retórica populista e, agora com as redes sociais, é muito fácil criar divisão e chegar ao topo. É muito mais difícil unir as pessoas e fazer alguma coisa tangível e que nos deixe mais unidos", completou.
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